O silêncio da aldeia
Devido à ausência de rede wi-fi em casa dos meus pais, fujo quase sempre em busca de um local com rede.
São quase dez da noite e encontro-me sentado num banco no Largo da Regueirinha, local onde durante muitos anos decorreram as festas da aldeia.
A noite está branda, mas o céu parece estar fechado de nuvens soltas. Na estrada da ladeira que atravessa a serra oiço um veículo a passar. Ao longe um cão ladra preguiçosamente.
Depois um enorme silêncio.
Daqueles silêncios campestres, pesados quiçá na sua essência, mas leves para o espírito.
Se juntarmos o perfume natural da terra molhada da chuva de ontem e da erva que paira no ar, temos um local perfeito para sermos... só nós!
Falta o aroma da lenha a arder, mas o tempo ainda está (demasiado) quente.