O passeio (não) é de todos!
Quem aqui me lê sabe que eu tenho uma espécie de bravata contra os peões, acima de tudo pela forma como assumem que só têm direitos especialmente nas passadeiras onde (quase) literalmente se atiram para atravessar uma rua. Depois há sempre quem atenda telemóvel, ajeite a gola do casaco da criança, que discuta com alguém e tudo em cima da passadeira... e os condutores à espera!
Eis agora o outro lado da moeda, cabendo-me chamar a atenção para os condutores e para a forma como estacionam os carros na rua. Se não ouver estacionamento em espinha toca a parar em cima do passeio ocupando deste modo um espaço que é pertença de todos os transeuntes.
Ora como sabemos a nossa população está cada vez mais velha e com isso mais limitada de movimentos nas suas pequenas deslocações. Já para não falar de pessoas com outras limitações...
Hoje de manhã quando fui à padaria percorri mais de um par de quilómetros a pé tendo deparado com uma quantidade de carros estacionados em cima do passeio, de maneira que tive de ir para a estrada de alcatrão para poder presseguir.
Para piorar a coisa a maioria das pessoas que estacionam o carro no passeio têm garagem ou pátio onde caberia o veículo em causa. Porém é sabido que a maioria usa as garagens para funções diferentes para que foram concebidas.
Provavelmente nenhum deles terá familiares com problemas de locomoção (idosos, cegos, deficientes) e daí não perceberem que há quem necessite de andar no passeio para sua própria segurança.
Face a este triste panorama tenho a certeza de que a nossa sociedade está cada vez mais egoista. Depois há umas campanhas muito solidárias mas a cidadania não é existe só por decreto!