Nova (des)Ordem Mundial!
Naquele Verão de 2003, enquanto Portugal literalmente ardia devido a incêndios florestais, eu gozava de uma invulgar paz, numa bucólica cidade austríaca situada à beira de um lago manso e rodeada de montanhas escarpadas e verdejantes. Um pedaço de paraíso muito longe do inferno luso.
Recupero esta memória com a profunda consciência que a paz daqueles dias, e que hoje ainda por lá se mantém, poderá estar em causa. Tudo por culpa de um nova (des)Ordem Mundial.
O Mundo está tão diferente, tão tenebrosamente amedrontado que não temos verdadeira noção do alcance das acções que os novos ditadores deste século vão semeando.
Há quem afirme, e com alguma razão, que a Europa nunca esteve tanto tempo sem conflitos armados de grande escala. Todavia olvidam a guerra dos Balcãs com claras intervenções das Nações Unidas. Mas na essência percebo do que falam.
Só que a tal (des)Ordem que vos falo poderá culminar numa espiral muito violenta que resultará obviamente num eventual conflito armado à escala Mundial. Com os incontáveis custos… que neste momento ninguém consegue avaliar.
Espanta-me por isso esta visão tão egocêntrica destes novos políticos. São pequenos “reis-sol” que justamente pretendem tempo de antena e poder.
Desde os Estados Unidos à Turquia, passando pela Venezuela e Coreia do Norte, estes novos tempos ameaçam com velhos tempos, ainda infelizmente na memória de muitos.
Portugal como ínfimo país, mas associado à U.E. e à Nato, dificilmente passará pelos “intervalos da chuva”. Mesmo que nos queiram convencer do contrário.
Face ao que escrevi, proponho este pensamento: será que estamos claramente conscientes do que o futuro próximo nos reserva?