Natureza pura!
Levantei-me muito cedo. Eram pouco mais das seis da manhã. Mas tendo em conta a previsão daquilo que seria o meu dia, havia que despachar algumas etapas.
Estou na Beira Baixa. Num local abrigado pela Serra da Gardunha sempre tão devastada com os incêndios. Todavia ainda assim aqui respira-se bom ar, colhe-se boa azeitona (eu que o diga!!!), a fruta é de excelência e as couves têm um sabor a terra pura.
Gosto de deambuar pelos terrenos da família. Perceber algum pinheiro caído, um murro derrubado, algum silvado para cortar.
Sendo alguém que foi criado numa povoação onde a água era (e ainda é) um bem muito escasso, quando chego a esta povoação beirã e noto os poços repletos, as charcas cheias e as ribeiras a correr sinto-me imensamente feliz.
Depois... há aqueles ruídos que a natureza nos brinda, nos afaga, nos eternece; o trinados dos pássaros, a água que foge por entre as pedras num qualquer leito de uma ribeira, o coaxar harmonioso das rãs, o doce sibilar do vento por entre as árvores... ou então não e nada disto e a Mãe Natureza prefere o silêncio!