Não somos grandes, somos enormes!
Cada vez que olho para o nosso país, considero-o cada vez mais bizarro. Tenho sempre a sensação de que somos assim… imbecilmente derrotistas, mesmo quando ganhamos alguma coisa.
Não sei se esta postura advém ainda daquelas absurdas trovas do Bandarra ou se simplesmente porque gostamos … de sofrer.
Ora bem… Sempre que algo corre menos bem a Portugal, seja no desporto ou na cultura ou noutra actividade qualquer, logo surge a bolorenta ideia de que não prestamos para nada, que somos uns infelizes ou incapazes de dar “aquele passo”. Um chorrilho de tristes conceitos onde o tal fado luso ganha peso e fama.
Detesto derrotistas. Detesto carpideiras. Detesto profetas da desgraça. Especialmente quando já nada disso faz sentido.
Enumeremos então numa mui breve lista:
- Portugal foi campeão europeu de Futebol sénior;
- Os melhores jogadores do Mundo de futebol de onze, de praia e futsal são portugueses;
- Um escritor português foi galardoado com um prémio Nobel da Literatura;
- Os nossos pintores são altamente considerados;
- O clima é fantástico;
- A nossa comida é elogiada pelos grandes chefes;
- Ganhámos o Festival da Eurovisão com uma das mais belas canções daquele certame;
- Há uma geringonça que os gauleses de Macron já imitam
- Temos comprovadamente uma das melhores academias de jogadores de futebol do Mundo;
- Há diversos campeões olímpicos que são portugueses.
Perante estes dados e muito mais que poderia aqui trazer, ainda achamos que tudo se deve ao demérito dos outros e não à nossa fantástica capacidade para superar as dificuldades.
Que ideia residirá num atleta, que se sacrifica durante anos a fio, ao praticar um determinado desporto, para depois quando alcança uma medalha olímpica, sussurrarem que o mérito não é dele, mas unicamente demérito do adversário?
Como se sentirá um cantor que ganhou um Festival à escala quase mundial, quando afirmam que as outras músicas é que não prestavam para nada?
É tempo de acabarmos com as vitórias morais… que tantas vezes rebaixaram este país. Quer queiram quer não, conseguimos ser bem melhor que muitos outros países. A superação não é um acaso, mas um designío.
Que mais quer este povo?