Modernices ou tolices?
Estou plenamente convencido que muita gente no final de ler este texto vai chamar-me de retrógrado, careta e outros epítetos pouco simpáticos. Todavia tal é coisa que não me apoquenta.
Bem… vamos ao que realmente aqui me trouxe…
A sociedade em que hoje vamos vivendo está (mal) assente na imagem que cada um de nós… exibe. Fabricada ou genuína, assumida ou inventada somos muitas vezes, quase sem percebermos, obrigados a construir essa espécie de imagem. Ou porque queremos entrar num certo círculo social, ou porque fica bem aos olhos dos outros ser assim ou na pior das hipóteses… porque é moda!
O filho de alguém que conheço está profundamente tatuado e justifica as suas tatuagens com esta desculpa:
- Elas adoram-me assim!
Portanto não interessa se o rapaz é um tipo competente no seu trabalho ou amigo do seu amigo… interessa se tem tatuagens. Só por isso é “fixe”. Nesta mesma linha há que contar também os “percings” espetados nos lugares mais esquisitos do corpo, como forma de ser porreiro e manter uma imagem “cool”!
Aceito sem rodeios tudo isto desde que seja de livre vontade cada um fazê-lo. Tenha 18, 25 ou 40 anos… Não há idade certa para se ser tolo!
Se tudo isto me custa entender, muito mais me custa perceber este conceito aplicado numa criança de 2, 3 ou 4 anos. Certamente que são os pais a incentivar esta imagem. Quiçá os mesmos progenitores que ao invés, consideram que devem ser os filhos a escolher a religião que desejam professar ou não ou então o clube desportivo que preferem apoiar. Isto é, para umas coisas há o direito de escolha para outras é a opção imposta pelos papás.
Vi hoje na praia um miúdo à beira-mar com um brinco numa orelha e uma tatuagem num braço. Não percebi se era português ou estrangeiro, mas digam o que disserem, eriçaram-se-me os pêlos todos, perante tal imagem.
Um verdadeiro absurdo aplicado numa criança que mal sabe falar.
Reconheço que sou doutra geração mas sempre fui pessoa de mente aberta. Porém estas posturas tão modernas chocam demasiado com a minha maneira de estar na vida!
Serei por isso antiquado? Talvez…