Mais uma campanha - III
Acordei bem cedo. Chovia!
O cenário do dia anterior mantêve-se. Só que desta vez tive que teimar. Desse por onde desse. O tempo está contado, portanto urge despachar trabalho.
Pequeno almoço tomado e houve que vestir os impermeáveis de forma a molharmo-nos o menos possível. Finalmente carregou-se a carrinha com todos os apetrechos necessários.
Foi preciso coragem, muita coragem para enfrentarmos a manhã chuvosa. A água tombava certinha, fria. As mãos começavam a gelar mesmo com o trabalho. Que correu, ainda assim, menos mal.
A meio da manhã a chuva parou. Breve trégua, pensei. Mas na verdade rapidamente o céu cinzento foi substituúido por uma cor anilada. O sol espreitou com vigor e depressa despi as roupagens impermeáveis.
A azeitona parecia agora cair com mais vontade. E naturalmente veio a hora do almoço!
Curiosamente da parte da tarde o trabalho rendeu menos. Talvez por as últimas oliveiras estarem menos carregadas e algumas necessitaram de serrote. Ainda por cima o céu voltou a carregar-se de cor plúmbea.
Após um sábado com onze sacos eis um dia com dezassete. Nada mau! As minhas previsões para este ano de azeitona falharam... muito! Por defeito!