Lisboa a capital dos turistas!
Hoje desci à cidade.
Saí na estação do Metro da Baixa-Chiado, subi as escadas e encontrei-me na Rua do Cruxifixo.
Uma rua repleta de história. Desde o extinto Banco Angola e Metrópole, célebre nos anos 20 do século passado por estar directamente envolvido na maior falsificação de dinheiro em Portugal e quiçá no Mundo, passando por pequenas tascas que alimentaram tanto trabalhador da baixa, esta rua foi um recanto da cidade muito próprio. Por ali se viam muitas vezes personalidades da nossa sociedade, fosse no Império das Limonadas ou no conhecidíssimo Palmeiras ou mesmo no “Quando o telefone toca” uma espécie de restaurante “sempre-em-pé” que servia umas omeletes fantásticas.
Ao fundo os Grandes Armazéns do Grandela, uma loja enorme que eu, enquanto miúdo, adorava visitar, só para andar nas escadas rolantes e que o incêndio do Chiado derreteu.
Olho agora para a rua e mais parece um estaleiro de obras.
Desço a rua da Vitória e encontro-me na Rua Áurea mais conhecida como Rua do Ouro. O trânsito desce no sentido do rio mas as pessoas quase se atropelam num sobe e desce na artéria de origem pombalina.
Atravesso a rua para o outro lado desço até à transversal da rua de S. Julião. Aqui viro à esquerda. Ao fundo volto novamente à esquerda e subo e desço a rua da Madalena. Entro no Poço do Borratém.
Chego ao Martins Moniz e subo a Almirante Reis até à zona dos Anjos.
Não imagino quanto terei andado a pé, mas seguramente que a língua que menos escutei durante este meu trajecto foi o… português.