Fuga na capital!
Das minhas limitadas capacidades há uma que se destaca e que se prende com a minha orientação geográfica.
Tirando um caso em Barcelona, sempre soube onde estava e qual o caminho de destino. Fosse em Lisboa, Porto, Viena de Áustria ou Londres nunca me perdia.
Se regressar a um local ainda se torna mais fácil, como me aconteceu quando fui a segunda vez a Paris depois de lá ter estado 20 anos antes.
Não imagino se esta minha faculdade é inata ou se foi por ter andado nos escuteiros que aquela se tornou mais sensível. O que eu sei é que não tenho quaisquer dificuldades em saber onde estou.
Ontem tive de levar uma pessoa a uma consulta a um hospital em Lisboa. Saímos cedo, mas o trânsito que apanhei para Lisboa, nomeadamente para chegar à A5, a autoestrada que vem de Cascais, foi tanto que temi não chegar a tempo.
Como conheço bem a capital consegui fugir do movimento. Entretanto no meio deste desvio achei algumas ruas cortadas devido a obras. Setas e mais setas: vira à direita, vira à esquerda, segue em frente, vira novamente à esquerda… uma confusão. Até que cheguei a um local onde nunca tinha passado, ou se tinha já não me recordava. Perdido? Nahhhhh!
Parei o carro, olhei em redor e consegui vislumbrar o rio Tejo por entre uma nesga de dois prédios e decidi descer a rua… Até chegar bem perto do rio.
Depois foi fácil chegar ao hospital!