Filosofia à portuguesa!
Em Portugal a corrupção é assim como o nosso Vinho do Porto: pode-se não beber, mas está ali sempre à mão para uma eventualidade.
Ouso mesmo acrescentar que quase todos os portugueses já deitaram mão dessa garrafa, seja por necessidade premente ou por mero ensejo de chegar mais longe.
Não falo obviamente daquela grande corrupção que envolve políticos, empresários e demais DDD, mas somente daquele favorzito que se pede ao senhor presidente da Junta prometendo votar nele nas próximas elelições ou um simples pedido de emprego como servente lá na empresa por troca daquele presunto e da garrafa de vinho especial!
Começa-se sempre por baixo, onde a corrupção quase nem se nota, ou se se nota ninguém liga, porque "hoje és tu, amanhã serei eu"! Mas a coisa tende a crescer... em pesos e envolvidos. Da Junta de Freguesia passa ao Presidente da Câmara e deste a um adjunto de alguém conhecido. E a partir daqui... será sempre a escalar!
A corrupção vive tatuada na génese lusa... E há-de ficar para sempre! Porque está intimamente ligada àquela filosofia "tão nossa" do desenrascanço, que assenta na conhecida ideia: não importa como se resolve a situação... o que conta é que fique solucionada!
Portanto não vale a pena preocuparmo-nos com o que irá acontecer daqui para a frente em termos políticos, porque saindo estes, logo entram outros com a mesma filosofia!
Sempre foi assim e sempre será!