Fazê-lo melhor!
Não imagino se nasci míope ou se é coisa que apereça com a idade. Sei que aos seis anos passei a usar óculos o que naquele tempo era tão raro que logo ali ganhei uma série de alcunhas. Desde "vidrinhos" a "caixa de óculos" tive direito a tudo. Obviamente que não gostava, ainda por cima os miúdos são terríveis e atacam onde dói mais.
Porém vivi com esta cruz durante toda a vida.
Quando em 1985 casei, a minha mulher convenceu-me a usar lentes de contacto. Fui então a um oftalmologista que também concordou com a minha decisão.
Resumindo... ando com lentes há mais de trinta anos. Tive muitas e diferentes.
Quando em 1999 tive o descolamento do olho esquerdo passei a usar apenas uma, mas acresci à minha vida uma maior preocupação e cautela. Deste modo era necessário resguardar o olho direito de todo o tipo de actividades que colocassem o meu olho em perigo.
Passei a usar apenas uma lente de contacto.
Entretanto descobri uma médica especializada em contactologia. Só que passado algum tempo saiu de Lisboa e deixei de a consultar. Procurei outro médico e achei um no Hospital de Santa Maria, mas depressa percebi que aquele mostrava alguma decadência e resolvi ver outra opção.
Finalmente encontrei um especialista que me indicou um novo (para mim) fornecedor de lente que resumo numa palavra pouco lusa: "touché"!
Mas o que me leva a escrever este postal prende-se acima de tudo com a forma como foi concebida a minha nova lente. Durante anos sujeitei-me ao que havia, quando agora sei que poderia ter uma lente formatada dxclusivamente para o meu olhom como ora tenho.
Depois o cuidado que foi posto na sua concepção com testes e mais testes para que ficasse perfeita levou-me a perguntar: onde estave esta gente?
De seguida a assistência dada pela técnica que me acompanhou foi notável. Num momento em que a crítica destrutiva é tão fácil, dizer algo de bom que foi feito pode parecer um tanto exagerado, mas não o é... A sua preocupação em criar uma lente que me ajudasse e com a qual me sentisse confortável foi permanente. Um exemplo de enorme profissionalismo e competência.
Hoje ando de lente mesmo em casa e quando a tiro nem me sinto cansado, ao invés do que acontecia antes. A fotofobia é quase irrelevante e sinto-me terrivelmente bem com a nova lente.
Há ainda gente em Portugal que sabe muito bem o que faz. E fá-lo com evidente prazer!
Finalizo, or isso, com um: obrigado J.