Eutanásia - um debate profundo que se impõe
É o grande tema do momento: a eutanásia!
Ora como católico deveria assumir aqui e agora e de uma forma peremptória e sem qualquer receio o meu não. Porque a vida é uma bênção… Mas será mesmo?
Eis então a questão fulcral. A vida é uma dádiva ou pode tornar-se num suplício?
A resposta para um positivista como eu é que a vida é sempre o bem primeiro a preservar. No entanto entendo que a sociedade actual está hipersensível às diferentes visões deste problema. E curiosamente na maioria dos casos têm razão!
A eutanásia, dito de uma forma menos técnica, é um suicídio assistido. Uma opção que não aceito como válida...
Porém não posso de deixar de pensar naquele pobre que, permanentemente enfermo numa cama, se encontra dependente da vontade de outrém. Mesmo que seja família directa e disponível. O desgaste físico e psicológico do cuidador é também tido em linha de conta pelo doente quando opta pela eutanásia.
São estas premissas que inundam o meu espírito e que abalam todas as minhas convicções religiosas. Alguém merece viver uma vida dependendo exclusivamente dos outros? Terá um cuidador coragem e paciência para durante anos tratar de um enfermo? E a pior questão… se fosse eu que estivesse no outro lugar, qual seria a minha visão deste problema?
É normal e saudável que o debate sobre este assunto se abra à sociedade. Que diversas entidades digam o que pensam sem receios nem tabus. Que discutam, que concordem e discordem… mas façam alguma coisa em prol!
Porque pior que uma má decisão é não haver decisão nenhuma.