Escrever!
Um destes dias entreguei no lar onde agora reside a minha sogra um volume com os Contos de Natal. Uma das animadoras anda a organizar uma biblioteca na residência, onde ainda há algumas pessoas que conseguem ler.
A minha oferta fez com que a animadora me confidenciasse que também escrevia, estando a participar num concurso de escrita.
Perguntou-me se eu teria disponibilidade para ler o seu projecto, pedido que acedi com gosto. Assim há dias recebi o seu texto que me pareceu bem esgalhado. Enviei-lhe a minha opinião que foi sincera e minimamente assertiva.
Porém desde esse dia ficou na minha cabeça a ideia de que as pessoas, por vezes, não percebem que escrever é uma coisa assaz diferente de publicar.
Há quem escreva unicamente para si, como escape ou terapia psicológica e há aqueles que escrevem para que um dia sejam publicados e lidos. Se para os primeiros não há uma regra definida a não ser que se escreva sem erros, para a segunda opção há que ter em atenção em saber quem será o verdadeiro destinatário do livro: crianças, adultos, idosos, jovens?
Esta razão é tão mais importante quando mais estranho for o tema da obra. Por isso aconselho a quem agora começa a dar os primneiros passos na escrita, que tente descobrir:
- para que servirá a sua escrita;
- a que leitor se destina a sua publicação.
Na realidade e após mais de 40 anos a escrever ainda sinto que não encontrei o meu verdadeiro caminho!
Acontece aos melhores!