Dúvidas que me assistem!
Ontem participei num jantar em homenagem a um colega que abraçou a reforma recentemente. O M. foi um colega, mas é sobretudo um bom amigo.
Muita gente no jantar, muita gargalhada sinónimo de boa disposição e o recordar de tempos passados. Achei curioso o desejo do homenageado em tirar fotos com todos os presentes à mesa.
Também eu aproveitei para rever outros colegas e amigos que, abraçando diferentes projectos dentro da empresa, afastaram-se do centro.
As saudades, por exemplo, que eu tinha da C. agora permanentemente em Évora. Foi uma festa revermo-nos.
Já de regresso a casa, num transporte suburbano que eu não usava há mais de vinte anos, quiçá mais, dei por mim a pensar no meu futuro. Se tudo correr bem em breve serei eu a partir da casa onde servi 35 anos. E o pensamento e a dúvida ficaram presos naquele jantar donde acabara de sair.
Será que algum dia terei também um jantar destes? Serei merecedor disso? E se não houver essa iniciativa devo ficar desiludido?
Muitas questões para as quais não obtive qualquer resposta.
Sempre fui um homem de afectos, de proximidades. E gosto das pessoas e ainda acredito nalgumas delas. O problema reside em saber se os outros acreditam também em mim.
Seja como for prefiro a verdade de um não acto à hipocrisia de uma acção.