Duas ilhas - duas jóias #5!
3 - O porto que tem uma cidade
Feriado na cidade
A cidade da Horta acordou sob uma chuva miudinha na quinta feira. Dia importante para os católicos mas apenas mais um feriado para os outros. Após um pequeno almoço onde o queijo da Ilha de S. Jorge foi a estrela e um bom café, peguei no carro e fomos até ao Monte da Guia.
As "Caldeirinhas" apreciadas do cimo do Monte têm outra beleza.
O vento soprava com força e a chuva molhava com alguma intensidade. A vista da cidade do lado contrário à Espalamaca, especialmente para o Porto Pim denuncia uma vista única, não obstante o cinzentismo da manhã.
A descida para o porto fez-se devagar tendo em conta a queda de terras que cortaram o caminho. Procurei o Aquário e o Museu da Baleia. Mas quer um quer outro encontravam-se encerrados por via do feriado...
Virei à esquerda e percorri diversos quilómetros à beira-mar. O negro das rochas destacavam-se como gumes no mar revolto. Apanhei finalmente a estrada que me levaria ao aeroporto. Pelo caminho apanhei diversos Impérios ao Divino Espírito Santo, devoção muito enraizada neste povo insular.
Até que a seta indicava o local...
Vira-o ao longe lá do Monte da Guia, mas não calculava ver algo tão especial. Um istmo que entra pelo mar dentro. Uma espécie de castelo construído sem intervenção humana, maioritariamente habitado por muitas aves especialmente os já conhecidos e anteriormente referidos cagarros,
e que conjuntamente com a restante passarada que por ali vive faz-nos sentir a beleza do que é puro em todo o seu esplendor. As vacas que por ali vão pastando perto são outrossim testemenhas desta imensidão de Natureza, em estado genuíno.
Após uma visita à queijaria do "Morro" onde acabámos por comprar uma série de queijos eis que é tempo de regressar à cidade. A povoação Flamengos surge nos painéis identificativos e depressa chego ao Jardim Botânico.
Outro local fantástico onde se tenta preservar e até desenvolver espécies endémicas
como é o caso da flor "não-me-esqueças" ou mais conhecida por Miosótis.
Pena foi que o Orquidário não estivesse já aberto. Mas valeu a visita... Demorada.
Entretanto antes da visita percebemos que bem perto dali existiam os charcos de Pedro Miguel. Decidimos assim que saímos pormo-nos a caminho em busca dos ditos...
O tempo continuava plúmbeo e desagradável mas nada nos demoveu. Sobe e desce curva e mais curva, alcatrão e terra, gado atravessado na estrada, para pararmos em... nenhures. A chuva continuava a cair, o vento a soprar com força mas o som que emanava daquele lugar tornou-se inesquecível e inanarrável.
Aproximou-se a hora do almoço... Era o momento de experimentar o restaurante Genuíno.