Dos justos não reza a história
Como leigo direi que percebo (muito) pouco de justiça, Talvez perceba melhor o que é a injustiça. Mas desta creio que todos os portugueses entendem ou pelo menos têm consciência de que ela existe. Mas adiante...
No dealbar de 2013 escrevi isto sobre a actual Procuradora-Geral da República. Um texto sucinto, mas já na altura explicava como me parecia estar a ser o Magistério desta senhora.
Uma mulher que tem tido a coragem de enfrentar os mais poderosos deste país, não recuando um centímetro na sua vontade. O que é realmente de louvar.
Talvez por isso o actual governo não pretenda renovar o mandato que terminará em Outubro próximo. É sabido que o PGR é nomeado pelo Presidente da República sob proposta do governo.
Ora se pensarmos nos diferentes processos que a Dra. Joana Marques Vidal tem entre mãos, dos quais se destaque a Operação Marquês, parece naturalmente óbvio que o PS se sinta muito desconfortável com a Senhora Procuradora.
Se somarmos a isto o litígio diplomático com Angola, envolvendo o antigo vice-Presidente, Manuel Vicente, num caso de corrupção activa, temos os ingredientes perfeitos para uma saída em Outubro da actual Procuradora-Geral.
Se tal vier a acontecer ficará demonstrado que a separação dos poderes tantas vezes propalada, ainda é, em Portugal, uma verdadeira utopia.