Do meu passado (III) - As primeiras músicas
Paralelamente à caneta de tinta permanente, há um velhinho gravador de bobines que sempre me acompanhou. O meu pai (sempre ele!) trouxe-o também de África, mais propriamente de Cabo Verde, nos anos sessenta. Desde essa altura o TK146, foi um companheiro inseparável. Nele ouvi horas de infindável boa música. Desde a clássica, à pop e até mornas, tudo ali foi escutado com imenso cuidado e prazer. De tal forma que algumas das fitas magnéticas acabaram por se partir de tanto uso.
Este aparelho, era para mim naquele tempo, algo muito à frente... Tinha a hipótese de ser portátil mas o seu peso era um tanto exagerado. Talvez por isso o gravador nunca foi grande viajante.
Hoje repousa junto a alguns outros da sua laia, no sotão da minha casa. Um espaço amplo e aberto que visito com frequência.
Mas este tem lugar de destaque!