Do meu avô aos dias de hoje!
O meu austero e sábio avô paterno tinha uma frase que me marcou e que rezava assim: dinheiro no bolso não consente misérias.
Mal imaginaria ele quanta razão tinha nas suas sábias palavras plasmadas que são na realidade dos dias de hoje. Basta o exemplo dos cartões de crédito...
A sociedade em que vivemos actualmente formatou-nos de forma a pensarmos que é mais importante ter um carro novo, um telemóvel topo de gama ou umas fárias paradisíacas, mesmo que a seguir as nossas contas fiquem durante anos no vermelho, do que olharmos para as nossas finanças domésticas e percebermos até onde poderemos ir.
Contudo esta espécie de mundo (quase) perfeito tem os seus grandes inconvenientes que, só por mero acaso, esta pandemia veio mostrar e colocar em cima das nossas mesas.
A vida tal como a imaginávamos há uns meses deixou de existir. Nada é certo. E se por vezes tínhamos algumas dúvidas quanto ao nosso futuro antes deste vírus, ora aquelas triplicaram.
O “lay-off”, o desemprego, a reforma antecipada e muitas vezes forçada, veio lançar a confusão e um verdadeiro temor nalgumas franjas da sociedade lusa que, no entanto, continua a aguardar que tudo passe de forma natural. Tal como surgiu.
Só que a triste realidade continua a mostrar-se muito diferente dos ensejos dos portugueses.
E o fim desta pandemia não surge já ali…