Diário da azeitona - 2
Após a noite chuvosa de ontem calculei que as mantas e restantes apetrechos estivessem completamente encharcados, No entanto enganei-me completamente pois tudo estava seco. O vento da noite ajudou a secar.
A manhã estava muito fria. Soprava um vento forte e pouco convidativo. Mas a azeitona não espera... Se não cair obrigada, cai por si própria perdendo por isso qualidade. Portanto havia que antecipar.
Foi um trabalhão tentar atapetar o chão por debaixo das oliveiras devido ao vento inclemente e poderoso. Mas com persistência e saber (e a ajuda de muitas pedras) lá fomos constituindo um tapete de recolha da azeitona.
Entre muitas oliveiras que temos de correr há duas que se destacam, não só pela sua imponência, Mas essencialmente pela quantidade de azeitona que ambas dão. Voltaram a não falhar... um par de oliveiras deram 9 sacos de azeitona.
São do tipo lentrisca, uma variedade muito apreciada cá na aldeia essencialmente pelo azeite muito fino e de grande produção. Todavia os bagos náo servem para a conserva.
Após as duas oliveiras que levaram toda a manhã foi a altura de corrermos uma meia dúzia de oliveiras galegas onde a maioria está verde. Mas o tempo não corre a nosso favor...
Carregados os sacos fomos novamente ao lagar.
Desta vez apanharam-se 270 quilos. E amanhã já deve haver azeite... novo!