De amarelo me vesti…
A Mula e a Mel semearam a ideia primeiro. Deixaram que esta amadurecesse e recentemente apresentaram a palavra para esta semana…
Portanto agora cabe, a quem quiser, escrever sobre… amarelo!
Para não me alongar eis a seguir o meu breve exercício...
Se fosse há muitos anos diria, perante a ideia desta cor, uma frase assaz popular: se não houvesse mau gosto, não haveria o amarelo.
Só que repente lembrar-me-ia de “Goodbye yellow brick road” de Elton John,
de “Yellow Submarine dos The Beatles
ou de "Yellow" dos Coldplay
e tudo ficaria sem graça…
O amarelo não parece, à partida, ser uma cor feliz, todavia…
- olho embevecido para os noviços cabelos loiros da minha neta;
- observo com bonomia aquela seara de trigo e as mansas ondas que o vento vai fazendo;
- reparo no restolho crestado por um sol bravio e onde os pardais buscam alimento;
- sinto-me feliz por ainda poder observar aquela luz de fim de tarde quando o sol se esconde por detrás do traço anilado do mar;
- agradeço o prado de margaridas que nascem espontâneas e selvagens;
- depois há o Sol, as uvas, os marmelos.
Por fim,
- destaque-se o ouro e a luz quente do candeeiro que me ilumina!
Quem imaginaria que o amarelo é uma das cores da vida!