Conhecimento: guardar ou distribuir?
Li há alguns anos algo que se assemelhava com isto: quem tem conhecimento ou saber será sempre muito mais rico do que aquele que só tem dinheiro!
Não poderia estar mais de acordo. O conhecimento que alguém adquire será sempre uma arma quase indestrutível e que só a morte poderá apagar.
Todavia pergunto-me muitas vezes de que vale a alguém o saber que tem se não o usa em prol de si mesmo ou, quiçá, dos outros?
Quando leio um livro, vejo um filme, visito um país ou observo um quadro não estou unicamente a angariar conhecimento, cultura, saber, mas estou essencialmente a receber estímulos intelectuais para que um dia possa usá-los, por exemplo, na minha escrita.
Outros letrados poderiam distribuir o saber que acumularam por muitos locais brindando outras pessoas com a sua cultura e o seu conhecimento. Mas para isso é necessário ter dois dons: o dom de expressão e o dom de saber dar. O que por vezes não é fácil!
Sinto que uma das razões para o meu saber é entregar aos outros este património de conhecimento para que eles possam outrossim absorve-lo e depois espalhá-lo.
Como eu tento fazer com a sabedoria que recebo de outrém!