Como será o dia seguinte?
Vou deambulando, devidamente mascarado, pelas ruas desertas da cidade e pergunto-me como ficaremos depois desta pandemia? Que relações sobrarão ou de que forma aquelas serão evidenciadas?
Os abraços, os beijos, os afagos e os carinhos voltarão a ser o que sempre foram?
Tanta pergunta que me assalta o espírito. Tantas dúvidas que crescem no meu coração.
E no fim fica a simples dúvida se valerá a pena tanto sacrifício para amanhã percebermos que fomos todos infectados e sem saber como! De que valeu então o afastamento ou o confinamento?
Recordo que no início desta pandemia, um médico especializado nesta área de vírus dizer que o melhor que deveria acontecer ao mundo seria sermos todos infectados. Só assim se imunizavam as pessoas.
Obviamente que morreria muita gente, assumiu o tal especialista (tal como está a acontecer), mas seria a forma mais fácil de combater esta doença. E quiçá mais barato… digo eu!
No entanto percebo que ninguém se queira arriscar a infectar-se de propósito pois o resultado pode ser catastrófico. Conheço alguns tristes exemplos!
Todavia regresso ao início deste texto: como ficaremos no dia seguinte ao fim da pandemia?
A minha resposta é mui simples: não imagino!