"Bravo!"
A sala estava quase repleta. A música surgia imponente, marcante, quase feroz. Quando a determinda altura os aplausos amainaram após mais uma valsa, desta vez composta por Tchaikovski, quae do silêncio momentâneo ouve-se uma voz feminina que grita do meio do público:
- Bravo!
Um momento que achei diferente nesta tarde/noite numa Lisboa de intempérie, mas que não me impediu de ir ao antigo Pavilhão Atlântico assistir ao concerto "Música para o novo ano" apresentada pela Orquesta Metropolina de Lisboa soberbamente dirigida pelo Maestro Sebastian Perlowski.
Os ingressos havia-os ganho no Natal, oferta do meu filho mais velho (obrigado M.) e de alguma forma estava céptico quanto à qualidade do concerto. Não pela orquesta, nem o seu maestro mas essencialmente pelo local. Não me parecia que o pavilhão tivesse as condições esssenciais para um espectáculo deste género.
Todavia a surpresa foi boa e consegui ouvir com grande naturalidade e sem grande esforço todo o concerto. Este compôs-se de duas partes sendo que na primeira foram tocados oito trechos entre árias da ópera Carmen de Bizet, valsas de Johann Strauss II e Tchaikovski.
A segunda parte trouxe-nos mais sete temas repetindo as origens da primeira: Bizet com a sua "Carmen", Tchaikowski e Strauss e respectivas valsas, sendo o oitavo tema a famosíssima "Marcha Radetzky" obviamente acompanhada pelo público.
Julguei que terminara. Porém o público insistiu e apareceu um "Intermezzo" tocado pela Orquestra numa forma bem simpática de desejar o bom ano de 2016 à assistência. Para o fim nada melhor que mais uma bonita valsa de Strauss.
Óptimo concerto, bem tocado, fantasticamente bem dirigido e para repetir, com toda certeza!