Bago a bago - 2
O meu amigo José Navarro de Andrade no seu livro "Terra Firme" realça ideia que há muitos anos a oliveira seria uma árvore menor e à qual os agricultures lhe reservavam "... um canto da exploração de modo a que não estorvase os cultivos mais rendosos". Quem diz um canto diz junto às partilhas ou coladas ao caminho. É assim nesse espaço que se encontram algumas das minhas oliveiras. Com a agravante de recentemente eu ter lá colocado uma aramada...
Este entróito serve somente para dar ínício ao dia de hoje que começa com temperatura branda, mas acompanhada de uns sopros eólicos pouco convidativos. E que ajudaram à confusão.
Não imagino se é curiosidade ou mera coincidência, mas enquanto estive com panos e restante maquinaria do lado de fora da fazenda, passaram cinco viaturas obrigando-me, de cada vez que um passava, a desmanchar aquela feira e a remontar tudo.
Os bagos caiam com profusão começando rapidamente a criar singelos panais. A azeitona cordovil amadurece muito mais tarde, quando o faz, e por isso na fotografia seguinte a azeitona aparece ainda muito verde.
Após o almoço, mesmo sob uma temperatura desajustada para esta época e um sol inclemente, consegui-se recolher mais azeitona que de manhã. Os panos estendidos iam-se atapetando de bagos negros.
Durante toda a tarde foi uma correria. Para uma safra final de onze sacos e mais este panal para escolher amanhã.
Começou mal este dia mas acabou bem.
A faina terimna noite dentro, após arrumação das alfaias.