Azeitona: a oliveira a dá... #5
Em todas as campanhas da azeitona há um momento chave. Não, não é quando termina a safra diária ou quando se faz aquela festa da adiafa símbolo de encerramento da campanha. Simplesmente reflecte-se naquele dia em que se vai buscar o azeite ao lagar.
Tanto trabalho, tanta canseira, tanta preocupação para tudo se resumir naquelas vasilhas cheias ou vazias…
Este ano já havia entregue ao lagar dois carregos de azeitona oriunda de fazendas diferentes. Pode parecer um tanto indiferente ser a azeitona desta ou daquele pedaço de terra, mas creiam-me pela experiência que tenho, que faz muuuuuita diferença. Tanto no peso, na qualidade e mais importante na fundição da azeitona em azeite.
Deste modo estava curioso em saber como correra o trabalho do lagar. Será que alguém conseguirá imaginar a sensação?
Dias, horas, minutos, molhas de chuva inclemente, cargas aos ombros, máquinas pesadas e um cansaço que não se consegue esconder para tudo terminar… assim.
Finalmente a alegria e as médias que iremos quase levar a concurso… contra outros produtores!
Gosto destes momentos e para 644 quilos recebi 82,62 litros de azeite. Feitas contas as azeitonas brindaram-me com uma média de 12,8%. A seguinte foi mais pobre, outros terrenos, outras pedras, outro azeite.
Óptimo na mesma!