Assalto ao Castelo!
Há uns anos falaram-me da Aldeia de Juromenha, ali mesmo encostada à nossa vizinha Espanha, somente com o Guadiana a separar os dois países.
Prometi na altura a mim mesmo, que um dia iria até lá. Muitos anos depois e cento e noventa e nove quilómetros e novecentos metros desde a minha casa ao local onde parei, eis-me no local. Curioso número... marcado no conta quilómetros do meu carro.
O Castelo surgiu assim tristemente imponente. O seu interior é um ror de ruínas deveras abandonadas e que faz doer a quem olha para este monumento como parte integrante da história de Portugal.
Palmilhei pequenos declives e subi as escadas da torre altaneira, que ainda assim, na sua decrépita pujança, ergue bem alto o estandarte de Portugal.
Há muito tempo que o castelo foi abandonado. Nas paredes do que foram as capelas pouco se percebe das suas pinturas. Há destroços por todo o lado e só mesmo um pombo se sente bem naquele espaço.
Todavia por todo o lado há referências à importância deste forte, que tem uma origem que se perde no tempo, mas que D.Dinis mandou reconstruir. Os brazões ainda lá estão gravados na parede com uma data: 1143.
Obviamente que a data não é inocente porque corresponde à independência de Portugal.
Foi desta forma que três lusos assaltaram um castelo com o intuito de conhecer e apreciar um Alentejo tão profundo quanto distante da capital. A beleza da paisagem que se pode observar daquele local é deslumbrante, seja virada a Portugal, seja para Espanha.
Saí de Juromenha e parei no Alandroal onde outro Castelo nos aguardava. O tempo escasseava e a fome apertava e por isso só se viu por fora o que parece ser um belo castelo, aparentemente mais bem estimado. A pedir também visita atenta.
Após o almoço regressei à estrada, porque o meu destino estava traçado. No caminho que percorri e ao redor destes dois castelos encontrei diversas referências a muitos outros... Monsaraz incluído.
A exigir por isso um roteiro muito especial só para os castelos desta zona.
Um destes dias regressarei!