As saudades que eu tenho...
Todos conhecemos e sentimos o que são saudades. Então nesta altura das nossas vidas este sentimento arranca de nós diferentes reacções.
Há quem chore, grite, barafuste dando de certa forma vazão, mesmo de forma mais truculenta, àquele sentimento. Outros pelo contrário emudecem, interiorizam e aguardam nervosamente que as coisas regressem à rotina. E finalmente há os que aceitam tudo com algum desportivismo, esperançados que rapidamente tudo voltará à normalidade.
No que a mim diz respeito estou naquela fase em que sou um bocadinho de cada. Mas tudo depende do momento, da hora, do tema e até da metereologia... Sou uma espécie de três em um!
Mas curiosamente do que nestes dias de confinamento tenho mais saudades é de quem não conheço. Estranho não é?
Passo a explicar... Desde que ando no imenso mundo da blogosfera passei a relacionar-me com tanta, mas tanta gente e de forma tão afectiva que de súbito essas pessoas passaram a fazer parte de mim. E não necessito de as conhecer pessoalmente, de saber e ver se são altas, baixas, carecas ou com trunfa africana. Ou se são homens, mulheres, brancos, negros ou às pintinhas... Não importa, nem interessa!
A verdade é que passaram a viver comigo, dentro deste pobre coração sempre tão desejoso de afectos. Percorro diariamente óptimos blogues, espaços fantásticos, carregados de imensas energias, onde blancidiamente vou recolhendo as flores que por ali vão deixando e que ora povoam as jarras da minha alma.
É desta gente que tenho muitas saudades... de quem nunca vi e que nunca me viram.
A gente lê-se por aí.