As pedras dos meus dias...
Andei este fim de semana à azeitona, conforme dei aqui sinal.
Dois dias e meio (contando com a manhã de hoje) em que apanhei 660 quilos de azeitona boa e sã. No entanto não é a apanha da azeitona o meu maior problema nestes dias.
A aldeia que me recebe para este evento fica na encosta da serra dos Candeeiros e faz parte de um Parque Natural. É um local pacato, sem casos de virus, com muita gente idosa e alguma mais jovem.
Todavia o desafio mor destes dias não é a apanha, mas somente caminhar sobre um chão atapetado de pedras sem que nos esbardalhemos num colchão demasiado duro para os nossos ossos.
Este naco de chão, porque nem se pode dizer de terra pois tem pouca, chama-se Pia Nova. Fica na encosta na fronteira do povo e este ano, mesmo assim, esmerou-se em dar boa azeitona. Também é verdade que tenho ali investido demasiado dinheiro, mas o proveito que retiro jamais pagará o que já lá gastei. E nem estou a contar o que lá tenho trabalhado.
Este pedaço chama-se Penedos Gordos (que não estão na foto) e é bem pior que o chão da foto de cima. Com muito mais pedras e acessos para estender panos muito mais difíceis. Sair dali sem mazelas é uma aventura.
Fica uma questão: sabem que povo plantou estas oliveiras? Calculem lá...