Ao C. com um abraço!
Andei a tarde toda a magicar o que queria e deveria aqui escrever sobre uma festa surpresa a um amigo, de forma a comemorar condignamente os seus 60 anos.
Pensamento para cá, ideia para lá... mas nada me ocorria. Necessitava claramente de algo que fosse lúcido e competente, assertivo mas caloroso. Mas nada! Sentia que tudo o que vinha à cabeça era pobre e pouco realista.
Já desesperava quando de súbito me lembrei: e se contasse este meu verdadeiro dilema? Pois nada melhor que sermos nós mesmos para a autenticidade ser mais pungente.
Ora bem... O C. é amigo de longa data. Conhecemo-nos no contexto do trabalho mas cedo cimentámos amizade. Beirão, trás consigo a força das invernias, sacudidas por ventos e chuvas, e a tenacidade dos estios de calores bravios.
Hoje, por culpa de uma filha fantástica, reuniram-se amigos e familiares: Para comemorar a vida. A dele e não só! A neta sentia-se bem ao seu colo. Faltou obviamente o filho, que está longe e o seu novo descendente.
A vida é assim mesmo uma roda que nasce mui pequena e vai crescendo, crencendo, crescendo...