Amizade e isenção!
Estava eu sentado a tentar encontrar algo sobre que escrever quando toca o telemóvel. Um antigo colega e agora amigo. Atendi e tivemos esta breve conversa:
- Viva João (nome fictício) com estás?
- Olá Zé, como vai a bizarria?
- Tudo fantástico.
- Telefono-te para te dizer que já recebi o teu livro?
- Boa! Foi rápido... - respondi enquanto pensava que o livro levara uma semana para fazer meia dúzia de quilómetros!
Por fim lança a fatal questão:
- Quanto te devo?
- Nada! Pediste-me alguma coisa?
- Não!
. Então... só espero que te divirtas a ler.
- Mas os livros são caros...
- Eu não levo dinheiro dos meus livros. A ninguém! - depois expliquei-lhe o que já aqui havia escrito.
O nosso diálogo acabou com este remate do seu lado:
- Ao ofereceres os livros ninguém dirá mal da tua escrita!
- Pois... és capaz de ter razão... - ri e acabámos por nos despedir.
Só que aquela última frase do meu amigo não caiu "em saco roto" e de súbito, eu que estava sem tema para escrever, encontrei o mote de hoje.
E principio com uma questão simples: será que somos capazes de ser isentos numa análise eivada de amizade?
Por este lado gosto de pensar que sim, mas o problema é que, por exemplo, os livros que me chegam dos autores são muito bons. Logo as minhas criticas tendem a ser bem positivas perante aquilo que vou lendo.
Posto isto lanço uma pergunta à comunidade: seremos realmente capazes de distinguir a amizade da competência, e fazer uma crítica com a maior isenção possível?
Fica ora lançado o desafio. Responda quem quiser!