Ainda os 70 anos do Metro de Lisboa
Hoje voltei a andar de Metropolitano em Lisboa. Uma empresa Lisboeta com 70 anos... Acabadinhos de o fazer. Xiii é obra. Nem imagino quantos milhões de passageiros terá transportado durante estas décadas.
Lembro-me bem da primeira linha que começava (ou terminava) em Alvalade e que alternadamente passavam, até ao Marquês de Pombal, para dois destinos: Entre Campos e Sete Rios.
Vem-me à lembrança as carruagens vermelhas de bancos azuis e pegas que nasciam do tecto das composições às quais os passageiros se agarravam quando viajavam de pé.
Vi, para mal dos meus pecados, alguém a atirar-se à linha numa estação. Um acontecimento que me marcou durante muitos anos. Foi frequente a repetição destes casos. Depois as televisões deixaram de dar essa notícias e a coisa pareceu ter abrandado.
Recordo-me do bilhete branco muito antes do Passe Social e que me dava acesso ao transporte. Como me recordo de ver os carteiristas a tentarem roubar um turista e que eu descuidadamente aproveitei o balanço da carruagem e caí para cima do estrangeiro evitando assim um furto.
O Metro sempre foi um transporte rápido. Cresceu muito nos últimos anos especialmente a partir dos anos 90, muito por força da Expo 98 e mais tarde pelo Euro 2004.
Entretanto foram acabando as bilheteiras nas estações sendo substituídas por máquinas. A evolução assim obrigou.
Por tudo isto custa-me perceber porque nas estações há cada vez menos máquinas a receber dinheiro e somente cartões. Algo que merecia um olhar atento por parte dos responsáveis desta entidade.
O metropolitano é um transporte público e daí que todas as estaçôes deveriam estar equipadas com maquinaria à altura do transportado e acima de tudo do turista.