A uma amiga, quiçá, perdida!
Desde jovem sempre tive boa relação com o sexo feminino, não obstante ter vivido nove anos escolares em turmas só de rapazes.
A minha interacção com as “meninas do meu tempo” foi sempre baseada num respeito profundo e mútuo, salpicado aqui e ali por algum cavalheirismo marialva. Tudo dentro da normalidade da época.
Esta minha postura respeitadora levou-me a fazer grandes amizades com muitas jovens da minha idade e outras mais velhas e até mais novas.
No entanto e passados todos estes anos (mais de 40) perdi o rasto à maioria delas, se bem que algumas até tivessem ido ao meu casamento. Mas a vida não pára.
Vem este postal ao caso de que uma dessas amigas de antanho faz hoje anos. Sessenta pelas minhas contas. Como já referi nada sei dela desde aquele tempo. Um tempo onde não havia telemóveis, correio electrónico e muito menos feicebuque ou uotessape e daí ter perdido o contacto.
Estejas onde estiveres, minha amiga I., espero que vivas muitos anos e envio-te daqui os meus sinceros parabéns e votos de muita saúde. Calculo que nunca lerás este postal... não importa!
Porque podemos deixar de nos ver, falar, mas não foste, nunca, esquecida.