A tribo do futebol!
No futebol como na política há também o "estado de graça" que corresponde a um determinado espaço de tempo em que se faça o que se fizer, bem ou mal, tudo é aceite com naturalidade e bonomia.
Cheguei há pouco da bola. Fui ver o meu Sporting ganhar a uns toscos ucranianos que jogaram muito pouco. Tão pouco que obrigaram o Sporting a jogar também pouco. Ou melhor a jogar o quanto baste para levar de vencida esta equipa oriundo de muito longe.
O actual treinador do Sporting vive assim aquele tal "estado de graça" de que falei acima. Estivesse o antigo treinador José Peseiro ou até o mais recente treinador do Chaves, Tiago Fernandes, na frente da equipa de futebol do Sporting e muitas críticas se escutariam por aquela escadaria fora, no final do jogo.
Ao invés, para além da alegria estampada nos adeptos por mais uma vitória leonina, a maioria concordava com a forma como o treinador fez entrar jogadores novos, oriundos das camadas mais jovens, dando-lhes uma oportunidade de se mostrarem não só aos adeptos como à Europa, sempre tão sequiosa de novas estrelas.
Tudo isto para concluir que a tribo do futebol é realmente muito estranha (eu incluído!), pois o que hoje é verdade amanhã é uma enorme mentira. E vice-versa.
Não estou a dizer nada que não se saiba já há muito tempo (obrigado doutor Pimenta Machado). Todavia nunca o havia constatado de maneira tão vincada como hoje assisti!
É assim a tribo do futebol... Volátil!