A tal dor!
Já aqui disse que o meu maior património são... os meus filhos.
Certamente, tal como eu, muitos pais pensarão da mesma forma. Por eles fazemos tudo, damos tudo, pois são os nossos verdadeiros e mais sinceros projectos de vida.
Pela ordem natural das coisas devem ser os filhos e levarem-nos à nossa última morada. Mas a ordem nem sempre é natural.
E quando são os pais a levarem os filhos?
Pois... essa é a tal dor. A dor que nunca passa e jamais esmorece. Que verte lágrimas de sangue e sofrimento. A dor que arrebata a alma e a derrete.
Aconteceu a uma colega minha, que esta semana o seu filho adormeceu num sono donde jamais acordará. A tal dor que dói sempre, a chaga permanentemente aberta, a tristeza atroz de mãe e pai.
Considero-me um corajoso perante as vicissitudes da (minha) vida, mas reconheço incapacidade para lidar com tamanha dor. Porque o amor de pai e mãe por um filho não se compreende, nem se explica... só se sente!