A sorte é que manda!
Passa por vezes na minha aldeia um cauteleiro que mal fala e que arrasta a perna. Perdi na memória o tempo que o conheço.
Nunca fui grande viciado no jogo. Raras são as vezes que aposto no euromilhões, faz muitos anos que não jogo no totobola nem no totoloto. E não me lembro de ter comprado uma raspadinha!
Todavia quando entrei para a empresa onde ainda hoje presto serviço, convidaram-me a participar numa sociedade na qual todas as semanas se adquiria um bilhete de lotaria.
Mais de trinta anos passados, dessa sociedade resto apenas eu que todas as semanas religiosamente compro uma cautela. Sempre o mesmo número e sem grande sucesso, no que respeita a prémios.
Mas voltemos ao cauteleiro... No sábado passado encontrei-o uma vez mais na rua lá na aldeia e comprei-lhe logo uma cautela. Os que me acompanhavam admiraram-se com esta minha rara postura, à qual respondi:
- Sempre que comprei jogo a este homem tive sempre prémio...
Hoje descobri que a cautela que comprara na aldeia fora premiada com quarenta euros. E não fosse a diferença de um único número podiam ser 60.000 euros.
Mas a sorte assim (não) o quis!