A praia não é uma lixeira
Tenho perfeita consciência que esta é uma batalha perdida. Mas enquanto puder e tiver dois dedos de testa e achar que faz sentido esta demanda, aqui estarei.
O assunto é neste espaço repetido. Comecei por falar dele em 2012, Depois veio 2013 e 2015. E em ambos voltei a referir o assunto. Em 2016 e 2017 refressei ao tema.
Falo como devem calcular do lixo nas praias. Curiosamente no último ano vi umas iniciativas ali para os lados da linha do Estoril, mas deste lado do Tejo a coisa tende para o esquecimento.
Todavia e como se diz para a minha aldeia "nem sempre o Diabo está atrás da porta" o que equivale dizer que há actos que acabam por ter algum efeito nas pessoas.
Estou há uma semana de férias. Mas só hoje efectivamente conseguimos pegar num saco de plástico e na nossa habitual caminhada carregamo-lo de muito lixo que fomos apanhando à beira mar. Algum dele foi obviamente trazido pelo mar, vindo sabe-se lá de onde. No entanto a maioria era lixo balnear.
Eis então dois veraneantes que em vez de aproveitar o sol e o mar vão calcorreando a areia molhada e seca na busca de todo o tipo de lixo. Os plásticos são a graaaaande maioria. Depois há embalagens de todo o género, garrafas, cordame, palhinhas e os invólucros dos maços de tabaco e das palhinhas dos sumos.
Hoje em hora e meia de caminhada apanhou-se dois sacos dos quais reporto a fotografia de um deles.
Mas o melhor estaria ainda para vir. Um pai indicou ao filho pequeno um pedaço de lixo que encontrou à beira-mar e mandou-o depositar no nosso saco.
O primeiro exemplo foi dado. Pode ser que se espalhe...
Finalmente, um cavalheiro abordou-nos e deu-nos efusivamente os parabéns pela nossa iniciativa.
São assim estes pequenas alegrias que fazem com que ainda tenhamos coragem para continuar nesta batalha.
Até que a praia fique limpa, pois esta não é, de todo, uma lixeira!