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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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A (não) mobilidade citadina

Há uns anos largos uma candidata à Câmara de Lisboa (se a memória não me falha a arquitecta Helena Roseta) vendou os seus próprios olhos e tentou andar pelos passeios da cidade, qual invisual.

Não recordo as conclusões que a candidata tirou, mas não é necessário ser candidato a qualquer coisa para se perceber que a cidade não está preparada para ser utilizada por transeuntes com mobilidade reduzida.

É certo que muitas ruas são apertadas, especialmente nos bairros mais antigos, onde peões e viaturas têm de partilhar a mesma via. Todavia há bairros novos que sofrem da mesma incapacidade de darem aos transeuntes de cadeiras de rodas, cegos ou idosos a possibilidade de caminharem em segurança.

Um problema antigo que muitos autarcas tentam minimizar, mas reconheço sem grande sucesso. Entretanto alguns transportes públicos continuam também longe dos deficientes. Basta pegarmos na nossas memórias e perceber quantos utentes de cadeira de rodas vemos, por exemplo, no Metropolitano? São raros. Pela minha parte nunca vi.

Entretanto alguns autocarros da Carris já estão equipados com a possibilidade de levarem cadeiras de rodas, mas não sei se serão todos. Falta-me, todavia, afinar esta ideia.

Ora bem hoje ajudei uma jovem invisual no Metro. Andava à procura do torniquete verde para poder passar. Já escaldado com alguns maus casos com cegos, perguntei se necessitava de ajuda pedindo-me que lhe indicasse o torniquete de passagem.

Direccionei-a, agradeceu e seguiu o seu caminho. Foi neste momento que percebi que dificuldades deverão ter os cegos em encontrar a porta de entrada ou saída do Metro. Claro que para poupar custos o Metro não disponibiliza um único guarda em cada uma das saídas para que possa, por exemplo, ajudar uma pessoa neste estado. Sugiro que um pequeno monitor fosse suficiente...

Sei que não é um problema de fácil resolução, especialmente numa cidade velha e mal estruturada como é a capital. Mas seria fantástico que alguém da edilidade lisboeta, pelo menos, pensasse mesmo a sério neste problema.

Já seria um bom princípio!

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