A luso pequenez!
Há uns anos uma visita entrou na minha casa e perante o tamanho da minha garagem aventou:
- Que bela garagem... Fazia-se aqui uma bela cozinha!
Nem soube o que dizer... Na altura apenas perguntei:
- E o que faço àquela ali dentro? - a apontei para a minha cozinha normal.
- Não se sujava...
Perante a resposta nada mais acrescentei.
Tempos mais tarde visitei a casa de um colega, entretanto falecido, e que me moía o juízo para o ir visitar. Quando me apresentei deparei com uma enorme moradia com uma belíssima piscina e um conjunto de anexos onde se poderia encontrar dois quartos, uma casa de banho e uma cozinha. Depois comunicou-me que já não entrava na casa maior havia dois anos... Vivia apenas nos anexos!
Estes são exemplos infelizmente perfeitos de alguma estreita mentalidade lusa. Ter as coisas só porque sim ou acima de tudo para mostrar... aos outros. Porque usar... nem pensar!
Recordo-me a este pretexto esta prancha de BD da Astérix na aventura "Obélix e Companhia".
Mas esta estreiteza tão comum na nossa sociedade começa obviamente nos nossos políticos. Basta olhar para a nossa entrada na CEE... Fizemo-nos sócios de um clube de ricos sem termos dinheiro para pagar as quotas.