A dor que nos entra em casa!
Hoje foi um dia quase normal tendo como referência os dias que antecederam a minha doença. De tal forma que só agora, já noite, consigo sentar-me e escrever umas linhas.
Mas prefiro um dia assim àqueles em que alternei a cama com o sofá, desfiando mágoas e tristezas.
Fui a Lisboa tratar de assuntos inadiáveis e a capital quase parece uma cidade fantasma. Há algum movimento, mas comparado com o que seria há um ano parece mesmo um deserto.
Não admira todos os dias os números de infectados e mortos crescem sem pudor. E não parece haver forma de travar estes trágicos números. As pessoas continuam descrentes... Descrentes da realidade pandémica, descrentes do caos hospitalar, descrentes, no fundo, delas mesmas.
O mundo está virado do avesso. Completamente.
Cabe a todos nós, sem excepção, assumir que esta pandemia não é uma mera gripe, mas um caso muito sério que poderá hipotecar todo o nosso futuro.
Pensem nisso antes de sair de casa...