Iniciamos a semana no Verão para a terminar já na estação de Outono.
Temos um final de Verão quente e a julgar pelas previsões com mais chuva.
A estação que agora termina foi terrível já que nunca se assistiu, na Europa, a uma seca tão forte e atípica.
É óbvio que o homem não manda na Natureza de forma directa, porém indirectamente pode e tem-no, de maneira infeliz, feito.
Um Estio que tudo secou! Rios, fontes, lagos, charcos desapareceram num ápice.
A agricultura estival ressentiu-se disso mesmo e daí muitos produtos terem secado antes da normal apanha. Uvas, tomates, pepinos, pimentos e até algum feijão secaram antes de estarem criados. Já nem falo da azeitona que deve ter caído toda.
É tempo agora de pedirmos um Outono chuvoso de forma a repor a água que falta nas terras e barragens.
Sei que a malta das cidades não gosta de chuva, mas é para o bem de todos.
Porque não se pode ter "sol na eira e chuva no nabal".
Venha de lá esse Outono fresquinho e molhadinho. As minhas couves agradecem!
Voltei a escrever em 2015, em 2016 e o último postal em 2018.
A partir daquele último ano deixei de escrever porque percebi que ninguém ligava ao assunto ou se ligavam nada faziam.
Pois bem, neste ano balnear e nas praias que vou frequentando o lixo é muito menos que noutros anos. Das duas uma: ou houve alguma campanha de recolha de lixo ou então deve ter havido intervenção da edilidade.
Seja como for a verdade é que encontrei muitos menos sacos e plástico assim como garrafas e outro lixo.
Congratulo-me com isso!
Falta agora os fumadores não usarem a areia como cinzeiro!
Faz já parte do nosso quotidiano estival as notícias sobre os incêndios que todos os anos pintam de vermelho e depois de negro as nossas aldeias.
Muita gente aparece com teorias, mais ou menos diferentes umas das outras sobre a origem dos fogos. A teoria mais falada tem a ver com os pinhais poucos limpos de mato. Outros alinham na teoria do desalinhamento florestal plasmada num tipo de floresta altamente combustível. Há quem afirme a pés juntos que os interesses nos incêndios vão muito para além da madeira. Resumindo há teorias para (quase) todos os gostos.
Diria que os fogos são um pouco de cada de umas destas teorias e de outras, sejam elas estapafúrdias ou plausíveis.
Aproveito este meu espaço para outrossim apresentar a minha teoria. Provavelmente também idiota, acrescento! Há trinte e muitoas anos visitei um pinhal (que ainda existe e resiste) do meu falecido sogro. Herança de família, aquela pequena floresta - somente 3 hectares - cresceu espontânea e anormalmente desordenada, já que de terra de cultivo foi paulatinamente sendo abandonada a uns rendeiros que só queriam tirar de lá rendimento sem investir um cêntimo. Para além deste desordenamento a mata era vazadouro de inertes que muitos aldeões ali despejavam sempre na calada da noite. Desde animais mortos a sofás velhos ou frigoríficos, tudo por ali se podia encontrar… Então garrafas de vidro… eram aos montes.
Perante esta lixeira a céu aberto, falei com o meu sogro e avisei-o que aquele lixo era um perigo pois facilmente ali se poderia iniciar um incêndio. Vai daqui o meu sogro contratou um homem que com uma máquina própria juntou todo o lixo que encontrou espalhado no pinhal, num monte. Naquele tempo a reciclagem era uma miragem e assim abriu-se uma cova bem funda e enterrou-se todos os inertes. (Nem imagino o que pensarão daqui a milhares de anos os arqueólogos sobre esta cova!!!).
Certo é que passam os anos e aquela mata ainda não ardeu, mantendo-se limpa e sem lixo. Sorte? Quiçá!
Resumo da teoria: não façam da mata uma lixeira a céu aberto e provavelmente haverá menos pontos de ignição!
Ano após ano, Verão atrás de Verão a história repete-se em Portugal! Falo como imaginam de fogos ou incêndios como lhe queiram chamar. Daqueles activados ou dos que nascem espontaneamente (pois também os há!!!).
Quando em Junho de 2017 aconteceu Pedrogão Grande com 66 mortos e mais umas dezenas em Outubro, como sempre muito se estudou, muito se prometeu, mas nada se fez. Ou o que foi feito foi insuficiente.
Recordo por aquela altura escutou-se amiúde um conhecedor da problemática dos incêndios florestais, o Professor Xavier Viegas, que denunciou publicamente a insuficiente capacidade de Portugal em lidar com os incêndios. Falou muitas vezes de como minimizar a situação propondo diversas soluções que eram obviamente onerosas e às quais o Governo disse que sim senhor, mas não passou para o papel... muito menos para a acção.
Este ano de 2022 foi pobre em água, o calor surgiu quase de repente e de um minuto para o outro Portugal pinta-se de vermelho dos avisos da Protecção Civil, mas acima de tudo pelos muitos fogos que vão devorando as poucas matas existentes.
Governo e PR mostram muita preocupação com o estado em que está o País nestes derradeiros dias, mas sabemos que passada esta crise voltam a esquecer-se das actuais preocupações e aguardamos pelo ano seguinte...
A par daquilo que não se faz no terreno e que se deveria fazer, há um pequeno detalhe e que se prende com a nossa justiça, especialmente no que se refere às condenações dos incêndiários que quase todos os anos repetem a "gracinha" de atear mais umas mechas...
Enquanto mantivermos esta justiça, demasiado branda para os criminosos e altamente injusta para as vítimas, jamais seremos capazes de por fim a este flagelo. Ou minimizá-lo!
Padeço horrores com o calor. Especialmente de noite mesmo que seja para dormir poucas horas, gosto de um ambiente com uma temperatura que não ultrapasse os 20 graus célsius.
Só que na passada sexta feira fui surpreendido com a avaria de um dos aparelhps de AC, nomeadamente aquele que deveria arrefecer o meu quarto. Um contratempo que aconteceu na pior altura possível.
Neste fim de semana perdi mais quilos que numa semana de greve da fome. Pura e simplesmente,,, derreti. Parecia até um pedaço de banha numa frigideira quente.
Bebi mais de cinco litros de água nestes últyimos dois dias. E se comecei com água engarrafada depressa passei para a torneira que vinha quente e mole, mas que ia colocando no frigorífico para refrescar.
Estes dias foram assim terríveis devido a este calor tórrido que abraçou este pa+ís de lés a lés. Com as evitáveis tragédias incendiárias|
Hoje é o solstício de Verão, significando isto que hoje será o dia com mais luz solar. A partir de amanhã diminuirá até ao solstício de inverno o tempo solar.
Mas este dia, ao invés do normal tem sido caracterizado por frio, vento e de vez em quando umas gravanadas de se lhe tirar o chapéu.
Quando o sol aparece envergonhado por entre as nuvens pumbleas sabe bem e até aquece. Todavia este dealbar de Verão tem pouco de si mesmo e muito mais de uma Primavera austera de calor.
Definitivamente o tempo metereológico já viveu tempos fantásticos com as chuvas a surgirem sempre na altura devida. Hoje temos uma atmosfera muitíssimo desconfigurada, fazendo sol quando deveria chover e chovendo quando deveria estar Sol e calor.
Ainda assim bem vindo Verão mesmo que te envergonhes do teu (mau) estado actual. Entretanto pode ser que melhores.
Ainda a época balnear não iniciou e eu já matei saudades da praia. Estreia absoluta este ano!
A manhã por aqui estava meio farrusca! Nem sol primaveril nem nuvens plúmbeas. Um tempo estranho propício, sei lá, para ficar em casa. Digo eu!
Ainda assim afigurava-se tentadora para não ficar em casa. Eis-me em meia hora numa praia vazia com as ondas do mar a espalharem-se docemente pelo areal. Nem parecia um dia de Primavera.
Não fosse um vento oriundo do mar frio e repelente até se poderia dizer que era mais uma manhã de Verão.
Todavia deu para matar saudades. Da praia e das caminhadas estivais
Entrei oficialmente na última semana de férias que, por aquilo que prevejo, de férias será muito pouco já que amanhã receberei o meu filho mais velho acompanhado obviamente da esposa e da minha neta.
Portanto esta semana será uma verdadeira mistura explosiva já que a mais pequena do clã adora água. O que equivalerá, se for à praia com ela, a muito mais cuidados no areal e à beira-mar. E a levar mais tralha...
Vai ser com toda a certeza um reviver de outros tempos, quando ia para a praia com os meus dois filhos e quantas vezes com os meus dois sobrinhos.
A vida é uma enorme roda... Hoje estamos num determinado lugar para passados uns anos voltamos quase ao mesmo sitio. Mas ainda bem... é sinal que estamos vivos e que aquela continua inexoravelmente.
Mesmo que haja quem considere que nada na vida se repete! Como estão enganados!
Hoje de manhã apercebi-me que o dia estava triste, cinzento, impróprio de um dia de Verão!
Não soprava uma aragem, todavia o termómetro do carro marcava às 9 da manhã... somente 18 graus.
Fui às compras para o almoço e não só: pão, sardinhas, carapaus, fiambre e azeitonas. Regresso a casa quando inicia a cair um pó de chuva suave, porém aborrecido.
Andou-se a empatar tempo em casa na esperança que este tempo plúmbeo amainasse. Sem resultado...
Mesmo assim decidimos ir à praia, mais que não fosse valeria pela caminhada que faríamos. Era meio dia e meia hora quando aterrámos no areal. Depois o tal palmilhar de quilómetros entre praias à beira mar. O mar parecia brando não obstante as bandeiras vermelhas.
Uma hora e dezoito minutos depois o que equivaleu a 6,42 quilómetros regressámos às toalhas que depois de estendidas ainda originaram uns bons minutos de sossego, leituras e uma soneca breve.
Ainda por cima ao meu redor... quase ninguém.
Resultado: um belíssimo dia de praia... mesmo que cinzento!