LadosAB

Quadra tardia...

... para a Ana!

Acabaram-se as férias e a praia

Ainda com um sol bem quente

Abandono assim a bela catraia

Aos desejos de outra gente

Uma quê?

Quadra por dia... desafiou a Ana.

Há dias assim mais tristes

Que eu não gosto de usar

Mas quem tem estes chistes

Arrisca-se a jamais ousar.

Uma quadra por dia...

pede a Ana...

Estou castanho diz a Maria

É do sol deste belo Verão

Tem cuidado, fala a maioria

Ou ainda apanhas um escaldão.

Uma quadra por dia...

Pede a Ana...

Belas quadras tenho eu lido

Neste prodigioso desafio da Ana

Quem diria? Eu que tenho tido

Uns dias de vida mundana.

Uma quadra por dia...

... diz a Ana!

Doces são os teus poemas

Simples, calorosos e bonitos.

Continua Ana não tremas

Tens a bela veia dos eruditos

Quatro quadras para a ANA...

Todas as belas quadras da Ana

Têm graça, competência e candura

São momentos que lhe dá na gana

Sempre com uma perfeita doçura.

Ser poeta é ser mais alto

Lá dizia a poetisa Espanca

Se ser poeta é dar um salto

Leiam então na sua banca.

Poeta não sou nem nunca serei

Apenas sonhador de palavras

Todas juntas, que não serei rei

Não são estas as minhas lavras.

Este é o meu verdadeiro fim

Ser amigo de quem merece

Espalhar alegria, ternura, enfim

 Dar amizade a quem carece.

Devolução...

À Ana...

Já ferrei o conhecedor dente

em inesquecíveis petiscos,

um cozido de grão valente,

uma sericaia que abate priscos.

Breve resposta...

... a quem poderia ser? À Ana...

Nem sempre nos dá a vida

Aquilo que realmente se deseja

A mim pregou-me uma partida.

Para dar a luz a quem verseja.

Desafio da Ana...

Eis mais um desafio da Ana.

Só ela para se lembrar destas iniciativas. E faz muito bem...

Portanto e dando cumprimento ao solicitado aqui vai a minha quadra.

Nestes dias longos e estivais

Há quem se lembre de cada coisa

Surgem de escrita belos vendavais

Quando preferia uma suave brisa.