Desde que António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa subiram às cadeiras de S. Bento e Belém nunca mais os portugueses perceberam quem é deveras o PM e o PR.
Umas vezes estão tão de acordo um com o outro que ficamos sem saber quem realmente decidiu o quê! Noutras jogam em tabuleiros tão opostos que logo se desconfia que irá haver uma zanga para no momento seguinte andarem novamente aos abraços.
Então desde que enfrentamos a pandemia este elástico político que aproxima agora e afasta amanhã tornou-se muito mais evidente.
Hoje é António Costa a dizer que não haverá mais confinamentos para amanhã, perante os maus resultados de infectados, concluir o seu contrário. Marcelo faz mais ou menos o mesmo, mas em momentos diferentes. Há assim uma espécie de jogo estranho e bizarro entre os dois políticos e para o qual os portugueses não estão devidamente preparados.
Nem sei bem se eles mesmo percebem o jogo que estão a jogar. Mas enfim… São os políticos que temos por ora!
Vejamos então: Marcelo deveria ter obrigado Costa a demitir Eduardo Cabrita. Da mesma forma o presidente da Câmara de Lisboa e em prol da verdade já deveria ter sido chamado a S. Bento para óbvios esclarecimentos. Porém nada disso aconteceu e continuamos a viver os nossos dias como se tudo o que tem acontecido fosse perfeitamente normal. Um PM a fazer de PR e este por vezes a fazer de PM.
No fundo, no fundo até é normalíssimo em Portugal.
Tenho por isso a sensação que o PS estará a cavar a sua própria sepultura em futuras eleições. Mas não será o PSD o mais favorecido, curiosamente!
Termino assim com uma espécie de adivinha que será imaginar quem ganhará com estes desmandos governativos…
Pois é... esta estória de um Primeiro-Ministro em funções fazer parte de uma comissão de honra de um indivíduo que é arguido em diversos processos que, acima de tudo, envolvem uma instituição que é alimentada pelo erário público, não lembra a ninguém.
Em primeiro o tal cavalheiro jamais deveria ter pedido ao PM para fazer parte dessa comissão, em segundo, e feito o convite ao Dr. António Costa, deveria este, em prol de uma clareza política e ética, ter obviamente recusado.
Assim temos um PM a ser publicamente criticado por uma posição que jamais deveria ter assumido. Eu percebo que neste momento Costa vive numa nuvem onde é quase intocável. Mas nada disto invalida que não deva ter uma atitude de maior respeito, especialmente com o eleitorado que o elegeu, onde assumidamente não me incluo.
Entretanto o Presidente da República acho tudo muito normal e não esboçou publicamente uma critica ao PM. Quiçá em privado, mas duvido. Creio que se sente refém do PS para a eleição de um segundo mandato. Mas isto é apenas uma suposição minha...
Este é (infelizmente) o país que temos e com uns fracos políticos que nos governam... mal!
Gosto de quase todos os desportos. Ténis, ciclismo, rugby, andebol, atletismo e obviamente futebol são meros exemplos. Talvez o que menos aprecie sejam os desportos motorizados como F1, ralis ou motociclismo.
Bom isto para dizer o quê? Ontem em Lisboa a equipa do Barcelona foi olimpicamente cilindrada por uma equipa bávara de alto rendimento. O que vai ao encontro do que muitas vezes tenho pensado e escrito: pode-se ter muitos bons jogadores, mas será sempre a equipa que vence... ou perde.
Conheço bem a cidade de Barcelona. Tal como conheço o espirito guerreiro e indomável dos adeptos da maior equipa catalâ. Por isso nem imagino o que a esta hora e desde o final da noite ontem, andarão os adeptos da equipa "blau-grana" a discutir nas milhentas "tavernas", "casas de tapas" e outros lugares de convívio.
O problema não será a derrota em si, mas um ano sem títulos da equipa de futebol. Se juntarmos a tudo isto a velha demanda da criação do "País da Catalunha" estamos perante uma cidade que estará em evidente polvorosa.
Quando desporto e política se misturam, como é demasiado evidente na Catalunha, os momentos menos felizes podem originar misturas explosivas.
Nos últimos dias temos sido invadidos com constantes notícias de ajuntamentos à revelia do que foi autorizado.
Depois do que aconteceu em Lagos as autoridades perceberam que teriam de intervir mais a sério, evitando as festas privadas ou públicas.
Carcavelos, Braga, Lisboa e provavelmente noutros lugares, muitos jovens juntaram-se para libertarem o que lhes ficou preso na alma durante muitas semanas.
O governo e o PR vêm agora, muito à pressa, afirmar que é ainda não é tempo para festividades, que pode-se estar a estragar o que foi evitado durante meses...
As palavras são eventualmente muito bonitas e obviamente bem intencionadas, mas a verdade é que ninguém esquece as comemorações do 25 de Abril, do 1º de Maio, das manifestações anti-racistas...
Se querem que o povo cumpra o que lhe é pedido nada melhor que o governo e as outras organizações passarem a dar o exemplo.
Desta vez parece ser de vez e o Reino Unido vai exibir, quiçá com alguma pompa e circunstância, o seu “Brexit”. Nos últimos anos foi-nos dados observar muitos avanços e recuos, muitas indecisões, demasiadas contradições.
Enfim uma bizarra herança deixada por um dos políticos mais imbecis que surgiram no país de Sua Majestade e que dá pelo nome de David Cameron.
Este político britânico assemelha-se àqueles indivíduos que andam a 200 quilómetros por hora na autoestrada e quando se despistam e partem o carro todo só sabem dizer “… foi azar”! Aquele referendo…
Azar teve a Europa quando deixou o Reino Unido entrar na União Europeia. É sabido a intransigência que Charles de Gaule colocou na inclusão daquele país na União Europeia e mais de meio século passado percebe-se porquê.
Não obstante a vitória de Jonhson com maioria absoluta certo é que o PM inglês vai ter umas semanas frenéticas envolvendo a Escócia e a Irlanda que não desejam sair do EU. Trinta e um de Janeiro está quase aí!
O Reino Unido carece neste momento de uma “Real” unidade política. Que cada vez parece estar mais difícil mesmo que os resultados de ontem não o demostrem!
A campanha eleitoral terminou. E terminou em grande já que o Secretário Geral do PS baixou o nível da sua campanha.
Vai ser tema durante alguns dias e quiçá esmiuçado até ao tutano se António Costa perder as eleições ou tiver um resultado muito abaixo do que seria esperado.
Na política há atitudes que não se devem ter. Ora responder daquela forma abrupta a uma acusação que segundo o PM não tinha razão de ser é, obviamente, dar tiros no próprio pé.
O que a mim me admira é que Costa tenha caído na esparrela. Ainda por cima no final da campanha sem hipóteses de lavar a sua imagem.
Creio que ainda iremos ouvir falar muito das consequências desta atitude quase de arruaceiro. Os adversários políticos irão, certamente, agradecer!
Há uns anos uma colega minha que esteve muito ligada à Representação Portuguesa em Bruxelas dizia-me que era óptimo o Presidente da Comissão Europeia ser português. Obviamente que se referia a Durão Barroso.
Hoje e à distância que o tempo nos impõe ainda não percebi muito bem quais as vantagens que obtivemos daquele lugar ocupado em dois mandatos pelo antigo líder do PSD.
Da mesma maneira também não entendi que melhorias teve Portugal com a Presidência da Assembleia das Nações Unidas em 1995-1996 liderada pelo antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral.
Actualmente não reconheço nenhuma melhoria só porque António Guterres é o Secretário Geral na ONU.
Recentemente o nome do Ministro das Finanças. Mário Centeno. surgiu como possível Presidente do FMI. Mais uma figura lusa que pode subir ao palanque mundial, mas sem qualquer benefício para os interesses deste rectângulo.
Remato com esta questão: se temos tanta gente tão boa capaz de chegar ao topo de Organizações Internacionais como foi possível que chegássemos tão baixo de forma a pedinchar umas migalhas à velha Europa?
O sindicato dos motoristas de matérias perigosas apresentou um pré-aviso de greve para ter início no próximo dia 12 de Agosto.
Por aquilo que nos foi dado observar há umas semanas, aquando da outra greve do mesmo sindicato, preveêm-se gravíssimos transtornos a todos os níveis. Ainda por cima há outros sindicatos de motoristas solidários com esta luta.
O governo entretanto vai adiando uma decisão assente num eventual acordo entre as partes. Que parece cada vez mais difícil.
Todavia acredito que mais perto do dia do início da greve esta não se realizará. É que não calhará nada bem a este governo ter um litígio desta envergadura às portas de eleições legislativas.
Tenho feito aqui muitas criticas aos diferentes governos que nos têm conduzido (não uso a palavra governar de propósito).
Só que dou muitas vezes por mim a perguntar de quem é realmente a culpa de termos estes políticos? Obviamente que a resposta é fácil de saber e difícil de dizer… São justamente os eleitores.
O povo gosta de sopas e descanso. E não quer saber ao pormenor como se faz para levar esta jangada a bom porto. Desde que o seu clube ganhe, que CR7 marque mais uns golos e que o sol aqueça os corpinhos na praia, o português não pretende mais nada.
Nem mostra qualquer intensão em saber… O que me parece ainda pior.
Escutei hoje umas declarações de alguém de Bruxelas, que avisava o governo de António Costa para a necessidade de cortar futuramente na despesa do Estado. O que equivale dizer que a palavra austeridade surgiu uma vez mais na boca daquele.
Austeridade? Então a geringonça não havia acabado com a dita, como se este governo numa espécie de milagre, tivesse inventado uma vacina para acabar com tal mal? Parece que o povo foi novamente ludibriado…
Não tenho dados suficientes para poder afirmar com toda a propriedade que as tais declarações são o espelho da nossa realidade, mas conhecendo eu bem a fibra de que é feita a nossa classe governativa, não me admiraria que após as eleições legislativas a tal de austeridade entrasse por aí dentro. Provavelmente com outro epíteto.
Governar um país não parece ser nada fácil. Acima de tudo quando se continua a gastar mais do que se ganha.
O PS ganhou as recentes eleições Europeias, mas se se confirmar os prognósticos de Bruxelas o próximo orçamento vai ter enormes alterações. Para pior…
Depois vou querer entender a posição dos amigos de Costa (leia-se PCP e BE).
Definitivamente ainda não percebi a admiração que algumas pessoas têm com o que se passou na CGD. Se na Banca privada aconteceu o que todos nós sabemos porque teria o banco do Estado de ser diferente?
Ainda por cima numa altura em que as máquinas do Estado estavam bem oleadas e num processo de vasos comunicantes.
Entretanto o Banco de Portugal vem uma vez mais à baila. Como sempre, aliás, quando se trata de coisas financeiras. Ora como esta instituição raramente vem a público explicar-se ou defender-se, nada melhor que ser atacado por toda a gente sem direito a contraditório…
Mas voltando à Caixa… O caso do dinheiro emprestado para comprar acções de uma outra instituição fez parte de uma estratégia de controlo dessa mesma entidade. Obviamente que foi necessário um testa de ferro e o empresário madeirense foi enredado, obviamente com o seu consentimento, nesta trama que tem tramado a nossa sociedade.
Muitos serão, deste modo, os culpados nos mais de 1600 milhões de euros de prejuízo do Banco Estatal.
Creio, no entanto, que ninguém será chamado a repor todo ou parte do dinheiro arrecadado e jamais pago.
Porque em Portugal por vontade política, e não só. a culpa morrerá sempre solteira e na penúria.