Hoje dei conta que o Sol já aquece! Com tal intensidade que andei no terraço em tronco nu a lavar o meu carro.
Portanto eis o primeiro sinal de que a estação da renovação da vida está para chegar.
Muita gente adora esta altura pelas flores, pelos verdes campestres, pelas paisagens primaveris. Mas há um reverso da medalha, pois é o tempo do polén e das consequentes alergias... para quem sofre delas. Felizmente não sofro dessa maleita.
Termino com a notícia que as minhas roseiras já começaram a abrir. Então este ano que tenho novidades!
Fui sempre pessoa de usar um bom perfume. Geralmente nunca comprava o da moda nem aqueles que eram muito publicitados.
Sempre gostei de aromas amadeirados e por isso a água de colónia que usava e ainda uso (se bem que agora com outros odores) custa "uma pipa de massa". Mas como passo muito tempo em casa dá para muito tempo.
Todavia o que é que um perfume tera de ligação com o tema de hoje, perguntar-me-ão com toda a propriedade.
É que a naturaza tem aromas e odores fantásticos. Basta cheirar uma rosa ou colocar a mão num mangerico... Porém o perfume maior da natureza será sempre o de uma laranjeira em flor.
Como a minha do meu quintal e que a foto infra ilustra.
A água que corre entre as galerias ripícolas assemelha-se por vezes à vida que cada um vai vivendo.
Eis um exemplo de uma ribeira que mesmo de caudal quase invisível vai correndo por entre pedras, ramos e folhas até a um ribeiro maior, por sua vez criou uma albufeira, para após muitos quilómetros acabar no Tejo e mais tarde no Oceano Atlântico.
Também a vida começa muito pequena para ir crescendo conforme vamos ficando mais velhos. Ums vezes andamos devagar, outras mais depressa para no fim da vida desaguarmos num mundo que nunca conhecemos.
No princípio do mês de Abril deste ano civil iniciei a divulgação de algumas fotos das rosas do meu jardim. E até hoje estas belas flores originaram seis postais sendo que dois deles foram até destaque nos recortes dos Blogues da SAPO.
Hoje e aproveitando o dia frio e nebulado fez-se a poda necessária nas roseiras, para que na próxima primavera as rosas surjam com mais pujança e logicamente mais bonitas. Portanto andei a cortar no sucesso deste espaço!
Entretanto este ano com uma novidade: uma rosa a que deram o nome de "Abracadabra" chegou há semanas vinda directamente de França. Estou espectante para ver como será.
Portanto se quiserem revisitar os postais das rosas deste ano sigam as seguintes ligações:
Tive de vir à Beira Baixa. Numa visita rapidinha para vir buscar couves beirãs para a consoada (as da minha horta ainda não foram cozidas pelo frio), borrego, tânjeras e alguns enchidos.
Depois saltitei de fazenda em fazenda para dar conta da poda das oliveiras. Tudo bem feito e calibrado que é assim quie se quer.
Num desses passeios obtive a foto seguinte.
Do corte do pinhal feito o ano passado ainda sobraram alguns pinheiro. A água parecia um espelho e corresponde a uma charca que se abriu há uma dúzia de anos. Serve essencialmente para o gado que por ali pastoreia de dessedentar e é um viveiro de patos bravos que fogem assim que me aproximo.
Poderia mostrar aqui as fotos outonais de um velho carvalho ou da ribeira que corre no fundo do lameiro. Mas preferi esta espécie de simetria natural!
A azeitona levou-me para lá da cidade de Castelo Branco para a aldeia onde a família tem uns bons pedaços de terra fértil e bem tratada.
Não irei falar da apanha pois dessa já eu falei amiúde em postais anteriores, mas tão-somente da vida que por aqui se vai desenrolando ao som das badaladas do sino da igreja, ao som da chuva a bater no empedrado ou do vento a soprar nas árvores.
Nesta aldeia beirã onde não há restaurantes nem passadiços, mas muitos trilhos o tempo passa lentamente, pois não vale a pena correr.
Entretantpo tenho vindo a notar um acréscimo de população estrangeira por estes sítios e que aqui passou a viver de forma permanente. Segundo a Junta de Freguesia local já se contam 107 famílias o que equivale a quase 300 pessoas.
Vêem todos duma Europa cada vez mais desunida. Alemanha, Holanda, França, Dinamarca, Bélgica são alguns dos paíuses de origem. Procuram paz, serenidade e uma ligação próxima com a verdadeira natureza. Moram em casas que ficaram devolutas, muitas delas (a maioria) longe do centro da aldeia ou em velhos barracões de recuperaram. Trouxeram com eles os pais, filhos, cães, gatos e por aqui estão felizes e contentes.
Alguns dos miúdos já tocam na filarmónica local o que é sempre de louvar. Quando descem à aldeia gostam de passar no café onde beberricam jeropiga e outras bebidas locais (vulgo aguardente!).
Gosto muito de os ver e cruzo-me muitas vezes com alguns nas minhas deambulações entre fazendas. São geralmente muito simpáticos e há já alguns que arranham o português!
Ao invés de muitos que aqui nasceram e já sairam prometendo não regressar, estes estrangeiros conhecem bem o que é bom!
Quem anda pelo campo terá sempre a hipótese de ter diversos encontros com alguma fauna que não vemos amiúda nas enormes urbes. Não sendo dado ao estudo da bicharada, ainda assim, sempre quen encontro um bicho invulgar tenho tendência para o fotografar ou se puder... filmar.
Este ano estes encontros foram poucos mas merecem uma divulgação. Os bichos aqui presentes não fazem mal a ninguém, todavia sei que há pessoas que ficam impressionadas comas imagens.
A primeira foto é de uma lagarta da oliveira! Tenho a ideia de que cada vez há mais, não obstante desta vez só ter visto esta.
Entretanto enquanto estendia um pano toquei na casca velha de uma oliveira que descobriu uma osga na sua pré-hibernação. Estava de cabeça para baixo no tronco, mas nada lhe fiz. Assumo que estes répteis me fazem alguma confusão, saí dali o mais depressa possível. Quando regressei já lá não estava!
Vêm agora os pequenos filmes. No meio das pedras encontrei uma centopeia que teria uns dez centímetros e era muito bonita. Dizem os conhecedores que estas mordem e que a sua mordedura dá dores horríveis, mas não é fatal.
Por fim uma espécie de insecto (quase arriscaria a dizer que parece uma daquelas vespas asiáticas) que deambulava por entre pedras. Curiosa... diria eu! Talvez fosse do barulho da varejadora!
Está quease a terminar a "primeira temporada" da azeitona de 2023!
Como sempre levantei-me cedo. Pelo som exterior percebi que... chovia! Mas desta vez era dia para teimar! E teimei pois de outra maneira isto nunca mais terá fim.
Quando saí de casa a chuva continuava a cair numa trovoada forte. Mas assim que cheguei à fazendo o Sol fez a sua aparição roubando à chuva o direito a ficar.
Entre máquinas de colher, panos estendidos, azeitona colhida e ensacada lá passei a manhá na Pia Nova.
Entretanto chegou ajuda. Mais duas mãos ajudaram a despachar serviço.
A azeitona estava colhida e era necessário colocá-la no saco.
Ainda antes do almoço e aproveitando o dia luminoso e já quente mudei de sítio. Veio o almoço e o dia continuava acolhedor... Até que!
A chuva regressou ao início da tarde, não muito forte, mas criando efeitos bem bonitos!
Finalizada a apanha deste local regresso ao da manhã para continuar a mesma demanda. Que terminou mais cedo que o costume, devido à chuva.
Está quase, quase... e amanhã se o S. Pedro deixar, lá irei outra vez passar mais umas horas no lagar! Para regressar Domingo à urbe!
Uma coisa tenho mais consciência: por muito que aumentem o preço do azeite (um tema agora em voga e que em breve escreverei sobre) este nunca será suficiente para pagar o esforço que eu e muitos outros, fazemos para botar abaixo tanta azeitona!