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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Dois momentos e duas palavras de 2022

Estamos a dias de um Novo Ano. Não tenho por hábito fazer um levantamento do melhor e do pior que acontecxeu no Mundo.

Mas este ano de 2022 abro uma excepção para referir dois momentos que me tocaram profundamente.

- O primeiro, como não poderia deixar de ser, foi o início da guerra na Ucrânia que se denrola longe deste rectângulo, mas num ápice pode entrar pelas nossas casas. Uma guerra estúpida e imbecil como são todas as guerras. Não imagino onde e quando este conflito irá parar, mas tenho algum receio... no futuro!

- O segundo foi a morte da Rainha de Inglaterra, Isabel II. Alguém que conseguiu permanecer em cena durante muitos anos sem nunca se desviar do propósito de manter a sua "comunidade" unida em torno da sua "real" personagem.

Finalmente as duas  palavras deste ano de 2022 com a mesma carga serão:

- guerra - porque existe e é real

- paz - porque se procura e não há meio de ela se tornar realidade.

A fama passa, a importância fica!

Hoje deveria ter estado num churrasco com antigos colegas do último Departamento onde trabalhei. Mas uma série de condicionantes retiveram-me em casa sem poder sair.

Entretanto ontem à noite e após ter escrito este postal, encontrei algures a frase em entitula este texto. No fundo é um seguimento do texto anterior, pois após a morte física de alguém, deveria perdurar uma saudade ou no mínimo uma memória.

Só que há quem não deixe memórias quanto mais saudades... A sua passagem pelo Mundo foi uma longa travessia marcada por momentos e acções sofríveis para não dizer medíocres. São pessoas que quando partem levam consigo o corpo e não deixam rasto. São facilmente olvidadas e desaparecem em menos de nada da lembrança de quem com eles conviveu!

Entretanto e voltando ao início desta minha prosa fiquei deveras contente por ter sido (novamente!) convidado para um convívio com ex-colegas. Sinal evidente de que não me esqueceram, mesmo que já tenham passados dois anos desde que me reformei e acima de tudo que (ainda) gostam da minha presença.

Sempre disse a quem me quis ouvir que um dia quando saísse da empresa bastaria uma pessoa só lembrar-se de mim uma vez num ano que eu, mesmo não sabendo, ficaria feliz. Esta ideia pode ser também transposta para quando formos na derradeira viagem.

Assim podemos ser famosos, sermos imensamente ricos, mas se ninguém se lembrar de nós após a nossa morte, revela que fomos pouco ou nada importantes nesta vida.

A pobreza não é não ter, mas tão-somente ... não ser!

A gente lê-se por aí

Morrer antes de... morrer!

Sempre que vou ao lar onde vive agora a minha demente sogra venho de lá muito triste. Vou olhando aqueles idosos que por ali deambulam e fico a imaginar como estarei eu daqui a dez ou quinze anos... se lá chegar!

Farei também parte desta malta ou conseguirei ainda aguentar este conjunto de ossos de pé? A resposta não está no vento que sopra como escreveu e cantou Bob Dylan, porque feliz ou infelizmente ninguém é dono do seu futuro antes de lá chegar.

Temo, não as doenças ou as dores (já cá moram algumas e que são devidamente tratadas com aguentocaína!!!), mas a falta de discernimento e juízo. Estar vivo, mas não ser vivente é algo que me aflige profundamente. Antes a morte que tal sorte diria a minha avó e que uma vez bem antes de partir me disse:

- Deveríamos morrer sempre novos!

Na altura considerei quase uma blasfémia, mas hoje e perante o que vou assistindo ao meu redor compreendo tão bem a ideia! O pior que pode acontecer a qualquer um de nós é desejarem a nossa morte para não nos verem mais a sofrer!

Enfim... aguardemos o que a vida terá para me oferecer!

Morreu a Rainha do Mundo!

Independentemente da preferência de regime que cada um de nós tenha é certo que agora falecida Isabel II de Inglaterra era a Rainha de todo o Mundo.

Já não era uma criança e dificilmente um monarca reinará tantos anos como ela reinou.

Entretanto pelo seu jubileu escrevi isto: "Resiliente, mas outrossim “brave”! Austera, mas também sensata! Pequenas “qualidades” que raramente vemos nos lideres políticos."

Hoje entra directamente para a estante da nossa memória.

A todos os meus amigos monárquicos um forte abraço neste momento menos bom da vida Real.

E agora como disse Charles VII, "The Queen is dead, long live the king!

Diana de Gales: a dúvida mantém-se!

Fez ontem 25 anos que a princesa Diana faleceu num aparatoso acidente de viação em Paris.

Nesse Domingo de 1997 acabara eu de regressar de férias quando ouvi na televisão a notícia do trágico e mortal acidente que vitimou não só a ex-Princesa de Gales como o seu namorado egípcio Dodi Al-Fayed.

Para ser sincero logo na altura achei estranha aquela morte ou no mínimo demasiado conveniente para os interesses da Coroa Britânica e quiçá mesmo para o governo da altura. Tudo porque Diana tornara-se a frente visível duma batalha pelos mais desfavorecidos especialmente as vítimas das diversas guerras, a par da sua ligação amorosa com um empresário egípcio após a separação do Príncipe Charles. Episódios que deterioravam, e de que maneira, a imagem da Coroa que sempre preferiu viver afastada da realidade.

Passado este quarto de século ainda não creio na teoria de um mero acidente. Pode-se nunca vir a saber a verdade do que se passou naquela noite em Paris, mas que a coisa nunca me pareceu… normal, isso é certo!

Não será este meu texto uma teoria de conspiração, mas necessitaria de saber muito mais sobre o que aconteceu para ficar perfeitamente convencido de um acidente.

Provavelmente esta será mais uma morte enigmática por resolver juntando-se a algumas outras (Kennedy, Sá Carneiro, Marilyn Monroe...).

Dez coisas que ainda gostaria de fazer...

De vez em quando dá-me para pensar! E quando penso nunca sai coisa boa, garanto-vos. Talvez neste caso não seja assim tão mau, pois apenas desenrolo dez pequenas coisas que eu sinceramente gostaria de fazer, organizar, assistir antes que "A Ceifeira" me chame. Ei-las:

1 - Uma viagem de balão;

2 - Atravessar Portugal na célebre estrada 2;

3 - Visitar as baleias nos Açores;

4 - Ter umas férias na neve;

5 - Ir a pé de Lisboa a Santiago de Compostela;

6 - Fazer uma viagem num veleiro;

7 - Ver um jogo de futebol em Inglaterra;

8 - Poder agradecer pessoalmente  a algumas pessoas a ajuda que me deram:

9 - Juntar todos os meus amigos da blogosfera num almoço convívio;

10 - Gostaria de viver os anos suficientes para ver os pequenos crescidos.

 

E tu que gostarias ainda de fazer?

Está tudo bem!

Por vezes também tenho os meus dias maus. Daqueles que gostaria de estar sozinho, não ver ninguém e pensar unicamente em que momento do meu passado eu errei para ter chegado aqui neste pobre estado: cego de lado esquerdo, completamente surdo do ouvido direito.

Depois tudo passa e a minha neta carrega consigo tanta alegria que fico a pensar que no fundo sou um felizardo, já que há muitos nem os netos conseguem conhecer!

Hoje chegou-me um video através de uma rede social. Geralmente não os abro pois são parvoíces e sinceramente já não tenho pachorra...

Porém o filme infra, nem sei porquê, chamou-me à atenção. Vi-o e ouvi-o uma série de vezes. 

Para finalmente ficar a matutar na frase dita pela cantora: sou muito mais do que aquilo que de mau me acontece!

 

Uma frase que me deixou perplexo por ser uma enormíssima verdade dita de uma forma tão simples.

Portanto está tudo bem (It's OK!).

Um imenso vazio!

Todas as semanas vou duas vezes ao lar visitar a minha sogra. De 91 anos e profundamente demente, não sabe quem lhe aparece na frente. Se filhas, netos, genros ou bisnetos.

Como não sabe o seu nome nem de nenhum familiar. Não se recorda de pai, mãe ou irmãos. É um ser vivo, mas não vivente.

As filhas perante um cenário profundamente decadente e com algumas limitações físicas não tiveram outra opção senão colocá-la num lugar sem luxos, mas onde receberia (e recebe) toda a atenção e carinho devidos à sua situaçáo. Quase oito meses passados, se bem que a demencia seja cada vez mais profunda e irreversível, certo é que parece minimamente feliz... se isso se poderá afirmar já que não tem qualquer consciência do que é a felicidade, muito menos de quem foi ou onde se encontra.

Observo este triste cenário e fico muitas vezes a pensar quantos anos me restarão para chegar a este estado? Sinceramente prefiro partir antes de tal fado. Que Deus se compadeça deste pobre...

Limito-me, e para terminar, evocar uma frase recorrente nestes casos: o que fomos e no que nos tornamos!

Uma verdade que é a assumpção de um imenso vazio.

Valerá a pena o risco?

Há quem goste de viver em cima daquela linha mui ténue a que se chama... risco.

Também eu quando rapazola andei por essas bandas. Primeiro quando usava a bicicleta para fazer todo o tipo de acrobacias descendo longas escadas ou então lançar-me em descidas vertiginosas quase sempre sem travões. Depois quando pela calada da noite tentava descolar os autocolantes dos carros e dos quais ainda guardo alguns. Parvoíces que a juventude alimenta e que quase me levaram a ser preso.

Só que hoje não é só a juventude inconsciente que se atira para essa linha de risco, já que há cada vez mais viciados em... adrenalina. Dizem! E são cada vez mais velhos.

De vez em quando sou brindado com uns videos onde uns "artistas" exibem todo o género de avarias colocando, quase sempre, a sua vida em perigo. Não é que me preocupe com isso, mas este jogo deverá querer dizer alguma coisa...

Acrescentaria que se morrerem é porque tiveram muito azar, mas se sobreviverem são considerados uns (quase) heróis.

Como os da Nazaré, que em tempos escrevi aqui.

Depois admiram-se...

Caiu no meu telemóvel através de uma rede social um pequeno filme onde um menino americano de 4 anos manuseava uma arma como quem monta um Lego Duplo. 

A senhora que o entrevista parece feliz por uma criança tão pequena se mostrar tão competente no uso de uma espingarda.

Recuso-me, por objecção de consciência, a divulgar tais imagens porque não sendo sangrentas apontam para uma violência quase gratuita.

É certo que a nossa cultura baseada em brandos costumes não se revê nesta estranha filosofia americana onde um inocente lida com uma arma verdadeira como se esta fosse um mero brinquedo. E claro com o concluio familiar, arriscando-me mesmo a afirmar com o estímulo dos pais.

Não percebo nem concebo esta visão tão bélica dos americanos, mas tomando este filme como exemplo não admira o caso do início desta semana no Texas, com os trágicos resultados que todos sabemos.

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