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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Filhos ontem, pais hoje!

Tenho alguma dificuldade em perceber os pais desta geração. Habituados que estão a todos os tipos de periféricos com acesso a uma panóplia de informação sempre "on-line", acabam por confundir alhos com bogalhos acrescentando aos seus educandos demasiadas confusões.

Sou pai e criei dois filhos. Tentei sempre escolher o melhor para eles, usando para tal do bom senso. Não li livros, não busquei enciclopédias e muito menos duvidei do que diziam os médicos competentes.

Daqui a tal dificuldade em entender um jovem pai ou mãe quando duvida do que diz um médico especializado só porque leu... algo diferente naquele sítio da internet. Talvez por isto nunca utilizei esta para me informar de qualquer doença, já que ficaria certamente muito mais doente com a leitura do que com a própria maleita.

Ser jovem é essencialmente ser irreverente, mas no que diz respeito à educação dos filhos escutar quem os criou e educou antes de serem pais, talvez não fosse uma má opçáo.

Quiçá mesmo a melhor!

A arte de saber educar - #2

No seguimento deste texto que escrevi no princípio deste mês ocorreu-me acrescentar mais umas coisas, essencialmente porque vieram-me à ideia umas outras ideias e (maus) exemplos.

No passado sábado encontrei um jovem na rua, filho mais novo de um primo direito. Cumprimentá-mo-nos para logo perceber que aquele rapaz (da mesma idade do meu filho mais novo) estava já alccolizado. Regressava a casa num estado ébrio onde o esperava uma mulher e um filho ainda de meses.

Pego neste triste exemplo para tentar explicar que cada filho é diferente dos outros. Neste caso são três irmãos, todos eles diferentes e com posturas de vida antagónicas. Um licenciou-se e é professor, outro é responsável num hotal e o deste exemplo trabalha com o pai nas obras.

Algures no passado este rapaz deu sinais de que ia tresmalhar. Com toda a certeza. Mas nem pai nem mãe tiveram coragem ou quiçá competência para o colocar no caminho mais... certo. 

Na realidade fica-se sem perceber se os progenitores foram brandos, deixando o rapaz viver como queria, sem quaisquer regras ou demasiado austeros tornando-se aquele alguém revoltado e fazendo do álcool a arma de arremesso contra os próprios pais.

Seja como for é óbvio que educar é, para além de uma arte, a capacidade de os progenitores terão de ter para se adaptarem à personalidade de cada filho, sem que se percam o foco do bom-senso.

A arte de saber educar!

Educar é essencialmente ensinar alguém a viver em sociedade, através do exemplo dado e nunca da regra imposta.

Contudo a aplicação e a assimilação dos ensinamentos difere de pessoa para pessoa, porque cada um de nós reage de forma diferente aos mesmos estímulos. Por isso cabe aos educadores perceber as diferenças dos educandos dando a cada um as ferramentas necessárias para que consigam apreender e aprender o que lhes será devido.

Obviamente que numa família com dois ou mais filhos terá de haver uma certa matriz, à qual será acrescentada então as tais variantes correspondentes à personalidade de cada um.

Só que hoje noto que a maioria das famílias, salvo honrosas excepções, deixam as crianças viverem numa espécie de roda livre, sem qualquer critério, regras ou disciplina. Porque o tempo gasto entre trabalho, deslocações e afazeres domésticos é demasiado, pouco sobra então para atender às necessidades de cada filho, quanto mais para impor algumas regras básicas.

Depois há aqueles que se escusam de educar porque… nunca foram devidamente educados e deste modo não sabem como fazê-lo. É só despejar ordens sem uma explicação prévia ou lógica.

Certamente haverá mais variáveis familiares e educativas, mas cada um de nós conhece-as porque muitas vezes vivem na casa ao lado da nossa e vamos dando conta.

Nos tempos que ora se desfiam à nossa frente saber educar é uma arte. Que requer sabedoria, discernimento, cautela e mais que tudo muito amor e carinho para distribuir.

De outra forma será a sociedade a sofrer mais tarde dos ímpetos, não raras vezes violentos, de quem nunca aprendeu respeitar os outros!

O tempo passa tão depressa!

Cada vez tenho mais consciência que o tempo corre a uma velocidade quase supersónica. Ainda mal começou o ano e já estamos no Verão com férias à porta.

Ora bem... um destes dias a minha nora perguntou-me se ainda tinha ferramentas para as crianças brincarem na praia: pás, baldes, ancinhos, formas.

Após uma breve busca eis que retiro dos arrumos um saco de plástico recheado de ferramentas de plástico. Mas antes de as entregar à minha neta lavei-as e limpei-as.

brinquedos_praia.jpg

O mais engraçado é que me lembro perfeitamente dos meus filhos se divertirem com estes brinquedos.

Parece que foi ontem e já passaram uma trintena de anos!

O que eu perdi!

Desde Setembro que tenho durante a semana, ao meu cuidado a neta. Quando veio para cá a primeira vez tinha somente 8 meses. Agora tem 16. Como o tempo passa!

Quando começou a ficar cá coincidiu com a tentativa de gatinhar. E diariamente fomos vendo a sua evolução. Hoje já anda, se bem que ainda trambulhe um tanto. O normal...

Passado que foi a fase do iniciar a andar entramos agora na fase de aprender a dizer as coisas e das gracinhas. Quanto às palavras e aos diálogos ela tem, como qualquer criança,  um léxico muito próprio e que se altera quase diariamente. Não há, definitivamente, tradutor para aquilo. Estou a imaginar muitos com casos semelhantes a tentarem de cada som emitido colar um significado.

Todavia sou paciente. Já o pai falou tarde e com um linguajar muito peculiar a roçar por vezes e de forma inocente o vernáculo.

Escrevo tudo isto para dizer que não tive oportunidade, com os meus filhos, de assistir à sua permanente evolução. O trabalho não me permitia.

Por tudo isto tento, com a minha neta, estar sempre presente, brincando, rindo, ensinando e acima de tudo assitindo ao verdadeiro dom que é a vida.

Pais coragem!

Desde Setembro que tomo conta da minha neta que hoje conta com 11 meses. Esta presença agora permanente durante a semana e durante todo o dia, levou-me claramente a entender as dificuldades daqueles de quem tem filhos pequenos e que tem de trabalhar a partir de casa.

Já não me lembrava de como uma criança é profundamente absorvente e de como requer atenção a 100 por cento. Nem sequer imagino como será com duas ou mais presentes de diferentes idades e curiosidades.

Mesmo com canais televisivos dedicados às diversas idades das crianças tenho que reconhecer que os pais confinados em casa e em teletrabalho são uns verdadeiros heróis e amplamente premiados com... coragem.

Para todos eles vai um forte abraço de solidariedade.

 

Quem cuida... descansa!

Estamos em tempo de férias. O país pára e não é só por causa das greves... Parece normal. Deste modo compreende-se que as famílias também queiram estar de férias... delas próprias.

E dos filhos, por exemplo... 

Deste modo entendo que na praia se dê liberdade às crianças deixando os pais por breves e austeros momentos gozar do sol retemperador. No entanto para que os acontecimentos não apresentem resultados nefastos será sempre bom ter, como dizia o velho comerciante: olho no burro e olho no cigano.

Esta manhã na praia que frequento uma mãe surgiu aflita porque o filho pequeno desaparecera. Corrida para um lado e para o outro, a suposta tragédia foi relativa porque a criança apareceu rapidamente. Perdera o norte do chapéu familiar.

Mas este breve caso acordou-me para a realidade que todos os dias me deparo na praia. Enquanto há pais que não largam as crianças à beira-mar mesmo que já tenham uma idade razoável, a maioria das crianças estão sozinhas e sem qualquer supervisão.

Nem sequer imagino se estão devidamente sensibilizadas para não se aventurarem na água. Porém o mar é quase sempre pouco simpático e uma onda mais forte pode originar um terror familiar.

Durante muitos anos passei férias com quatro crianças. Dois filhos e dois sobrinhos. Mas nunca deixei de os supervisionar mesmo que fosse somente à distância. 

Gozei menos férias? Não fez mal... Dormi muito mais descansado!

Ontem à noite!

Pouco passava das seis da manhã de ontem quando o meu infante mais novo arrastou o seu esqueleto para fora da cama e ofertou à mãe, em antecipação ao dia, dois bilhetes para um filme/concerto no mítico Coliseu dos Recreios.

Conheço aquele recinto muito bem. Lá já vi circo, bailado, concertos de várias espécies e diferentes tipos de música. Mas estava longe da minha imaginação que ali pudesse ver um dos filmes imperdíveis dos anos 70. Falo-vos do Padrinho, uma película de 1972 realizado por Francis Ford Coppola tendo como base o livro de Mario Puzo.

Tudo isto pareceria normal e corriqueiro se... a música que ilustra o filme não fosse tocada, ao vivo, pela Orquestra Filarmónica das Beiras.

Um espectáculo que ultrapassou em muito a minha espectativa! A determinada altura nem se percebia se a música era ali tocada ou se vinha directamente do filme.

Valeu a pena deitar-me tão tarde.

Obrigado M. e D.

 

Azar nos carros...

Já me habituei a não fazer grandes planos para o meu dia. E muito menos para a vida.

Hoje levantei-me deveras tarde (a chuva que caía não era ternamente convidativa a sair da cama), mas fui fazer as compras do costume ao sábado: pão, bolos e leite.

No entanto ao chegar a vinte metros de casa o meu carro parou. Percebi que era um problema de caixa de velocidades e ainda assim consegui levá-lo muito devagar até à porta. Activei a assistência em viagem e lá foi a viatura para a oficina, que estava obviamente fechada. Fica à porta... até segunda!

Recorri-me então dos meus filhos que se disponibilizaram para me ajudarem. E assim fizeram.

Não obstante a má sorte com o carro tenho a boa sorte de ter bons filhos.

Bom fim de semana.

 

Mãe: não há só uma!

Não costumo falar nem opinar sobre algo que não entendo ou sobre o qual não tenho todos os dados.

Faço esta afirmação a propósito da actual lei de barriga de aluguer. Sei o que se pretende, mas fico-me por aí. Abstenho-me de fazer mais comentários já que a questão da maternidade é demasiado importante para ser discutida por um qualquer leigo como eu. Ainda por cima sou homem…

Porém, li hoje que uma mulher se voluntariou para gerar um filho dentro de si, que seria da sua própria filha. Portanto… gerará o próprio neto ou neta.

E é aqui que começam as minhas confusões. E não tem a ver com alguma visão religiosa da situação mas somente como factor da Natureza.

Com esta futura engenharia genética, perder-se-á toda a ideia genuína de… mãe. Neste caso a avó é só uma fábrica para fazer crescer um feto até poder ser verdadeiro bebe e vir ao mundo. Ou não? Ou será também ela mãe, para além dos filhos que já teve, muitos anos antes?

Confesso que também nunca fui muito a favor da fertilização invitro. Com tanta criança por esse mundo em busca de um lar, não seria mais fácil adoptar? Pergunto eu…

Este meu texto já leva demasiadas perguntas para as quais não consigo evidentemente arranjar (boas) respostas.

Sinto que, infelizmente, esta nova lei será uma fonte de disputas entre mães verdadeiras (as que geraram a criança) e as mães biológicas. Com consequências impensáveis.

No meio disto tudo onde fica a liberdade da mulher que carrega a criança? Estará sujeita à vontade da outra mulher?

Ui… alguns gabinetes de advogadas já devem ter equipas a estudar a coisa. Digo eu!

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