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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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A nudez (a)normal!

Hoje foi dia para mais uma consulta. Desta vez Dermatologia. Principiaram a surgir uns focos de pele levantada e quase escamada. Depois tenho alguns sinais mais estranhos e pronto enchi-me de coragem e lá fui ter com a médica.

Vesti o meu casaco azul Lacoste que me custou os olhos da cara, umas calças cremes da mesma marca e uma camisa branca de outra marca qualquer (provavelmente da boutique alcofa, já não ma'lembra).

Perante a médica disse ao que vinha e acto contínuo ordena-me: passe para ali dispa-se e deite-se na marquesa, se fizer favor.

Despi a roupa principal, mas deixei as boxers. Vai ela pergunta-me:

- Tem problemas com a nudez?

- Nenhum problema!

Acto contínuo tirei as ditas boxers e fiquei como vim ao Mundo. A médica inspecionou-me todo, mandou-me virar e depois descalçando as luvas sentenciou:

- Tens uns sinais que são queratoses seborreicas sem problema.

Após uns conselhos a ter no futuro e no Verão com a pele saí todo contente da consulta que, sinceramente, temia. Na verdade o "gadjo", como dizem os ciganos, anda por aí e aparece em quem menos se espera. Que o diga o meu amigo que aqui vai falando, e bem, sobre ele.

Tudo isto para falar sobre a... nudez.

Há quem se relacione mal com a ausência de roupa. No meu caso que sempre fui de poucas vestes não tenho qualquer problema. De tal forma que sempre apareci nu defronte dos meus filhos e eles perante mim e a mãe. Durmo sempre sem roupa e nunca fujo a esconder-me se a minha neta me aparecer de repente estando eu sem roupa.

Sei que é uma questão cultural com alguns laivos religiosos. Todavia admito que nunca fui púdico e olho para a nudez como um estado natural do ser humano. Mais... frequentaria sem qualquer problema uma praia ou um local de nudistas, desde que este não fosse tendencialmente de cariz sexual.

Não sei nem imagino como as pessoas geralmente se relacionam com a nudez... a sua e a dos outros, mas por aqui a liberdade é total e não me sinto constrangido por ter de me despir perante uma médica. De certezinha absoluta que a doutora já viu mais gente nua que eu hei-de ver na minha restante vida!

A longa espera...

Digam o que disserem o pior trabalho que alguém pode ter será aquele que envolve público, quase sempre anónimo!

No supermercado, num banco, num consultório, seja onde for desde que tenha público o relacionamento de quem está para aquele que vem deve ser sempre cuidado. Digo com experiência própria.

Na minha vida de trabalho estive 15 anos como caixa de uma tesouraria onde se pagavam milhões. Repito milhões. De tal forma que um tio, irmão do meu pai, também caixa num outro banco quando almoçava comigo perguntava-me sempre: quanto já pagaste hoje? E eu dava-lhe um número aproximado do real valor e que era sempre muito acima do dele.

Noto que as pessoas anónimas estão claramente carentes de uma boa conversa. Daí vermos tantos a demoraram séculos ao balcão, especialmente porque desfiam naquele naco de dia todos os lamentos presos dentro de si.

Hoje fui a uma agência para tratar de um assunto. Cheguei cedo, mas meia hora depois já não havia senhas, porque as pessoas que ali estavam eram suficientes para o dia inteiro. Aguardei a minha vez (mais ou menos uma hora e meia), mas fiquei atento às pessoas que eram chamadas antes de mim. Quase todas idosas e limitadas no seus movimentos. Que refilaram muito sentadas à espera, mas assim que viram o seu número no chamador esqueceram-se da sua revolta e toca de desenferrujarr a língua.

É necessário muita paciência e muita diplomacia para dizer aos clientes que há quem esteja à espera para ser atendido.

Regressando à minha longa espera creio ter sido demais. Ainda por cima com um assunto que ficou esclarecido em dois minutos. Também tenho consciência que as instituições querem trabalhar com menos gente. Minimizar custos, dizem eles. Eu acrescentaria: para maximizar lucros!

Nem vale a pena reclamar pois a respossta será sempre a mesma: não temos pessoal!

 

Desde Camões...

Li hoje, algures na blogosfera, a máxima de que "a preguiça é a mãe de todos os males"! Concordo e tendo a acrescentar a esta ideia a seguinte: "a inveja é a mãe de todos os defeitos".

É certo que todos nós portugueses sabemos, ou melhor, temos consciência que a inveja é aquele defeito bem luso com o qual o grande poeta Camões, como escreveu Bocage, terminou a sua obra "Os Lusíadas".

Neste rectângulo à beira mar plantado ninguém consegue tar algo sem ser à custa de um qualquer patrono. Seja na política, seja no desporto ou no pior local... trabalho.

Eu próprio sofri desse anátema quando entrei para o Banco de Portugal e me colocaram a pergunta de quem seria o meu padrinho. Curiosamente o meu nem queria que eu fosse para o BdP... mas isso são estórias de outro rosário.

Mais tarde no próprio serviço sempre que angariava uma promoção lá vinha a desconfiança e aquela frase assazmente escutada: são sempre os mesmos! Feliz ou infelizmente não era!

Contudo aceito mas não entendo a ideia, à maneira de desculpa esfarrapada, de que o prémio sai sempre a quem tem mais influência e nunca a quem se esforça.

Sem dúvida que há quem alcance a riqueza ou a fama trabalhando. Provavelmente trabalhando e esforçando-se muuuuuuuuuuuuito mais que a normalidade dos portugueses. Mas isso não interessa nada saber, até porque para o pacato e invejoso cidadão luso o que conta é só o cada um tem!

Terei muitos defeitos. Muito mais do que queria e gostaria, no entanto nunca invejei nada a ninguém. Rigorosamente nada. Não está na minha génese e só espero que também não esteja nos meus descendentes.

Eu jamais lhes ensinei isso!

Liberdade e disciplina!

Educar nunca foi uma tarefa fácil. Nem hoje, nem ontem, nem será amanhã! Que o digam os professores desde o ensino básico até, certamente, à faculdade.

Se antigamente a educação era feita muito à base da ideia tirana de quero posso e mando, hoje é aplicada com o conceito de deixá lá são crianças! É óbvio que as crianças não são adultos em tamanho pequeno. São seres frágeis com uma visão muito própria da vida e é necessário saber respeitar isso.

No entanto educar uma criança sem um mínimo de disciplina é, acima de tudo, arranjar-lhe sarilhos para o futuro, já que habituada desde sempre a fazer o quer, um dia mais tarde, provavelmente tarde demais, perceberá que os outros também têm vontade e haverá evidentes choques.

Por tudo isto é que a liberdade de uma criança não pode ser plena pois há limites que não deverá ultrapassar. E estes limites deverão ser ministrados em casa pelos educadores, sejam eles pais, avós ou outros, baseados na mesma filosofia..

Tive dois filhos mas eduquei quatro. Nenhum deles me deixou embaraçado fosse onde fosse pois desde pequenos perceberam que a sua liberdade também estava limitada, acima de tudo por respeito com os mais velhos.

É frequente ver crianças na rua a exibirem da sua teimosia rapidamente transformada em birra apenas porque alguém não os deixou fazer ou comprar algo. Não se pode, em teoria, culpar apenas a criança dessa atitude mas claramente os seus (não) educadores.

Disciplina e liberdade são faces contrárias de uma mesma moeda que se chama educação. Saber aplicar ambas com o peso e a medida certa será provavelmente o trabalho mais difícil dos educadores. Mas quanto mais cedo conseguirem explicar ambas as regras aos miúdos, mais depressa as crianças se tornam mais responsáveis e pessoas mais tolerantes.

Aquele dia detestável.

Quando em casa oiço a palavra "supermercado" todos os meus alertas internos se acendem naquela luz vermelha, quase sempre assinalando perigo.

São diversas as razões que me levam a detestar uma ida... "às compras".

Mas antes de esplanar as minhas razões assumo que se for sozinho até nem será mau de todo, pois se me pedem para trazer três coisas, por exemplo, pão, leite e cenouras é óbvio que é isso que trago e não 3333 coisas.

Bom... a primeira razão tem a ver com a hora do acto, geralmente acontece numa altura em que a fome se aproxima. O resultado parece óbvio e acaba sempre por se comprar coisas a mais, não necessariamente desnecessárias (passe o pleonasmo!).

A segunda prende-se com os produtos e  a sua duvidosa qualidade. A quase obrigação de comprar produtos da marca da casa, porque não há de outras marcas irrita-me olimpicamente.

A terceira razão advém daquela subtileza das pessoas das caixas em tentarem vender... solidariedade. Calculo que os "caixas" a isso sejam obrigados, mas a carteira é minha. Pois... mas há quem vá sempre nesta conversa dos... coitadinhos!

Finalmente o povoléu que adora passear-se no estabelecimento, acompanhado da família até ao 35 grau. Nada gastam, mas enpatam...

Enfim aquele dia que será sempre para esquecer!

Tempos modernos!

Hoje em conversa com um ex-colega de trabalho e hoje bom amigo, dei conta que um outro nosso companheiro estará neste mundo por pouco tempo. Um cancro na próstata a que se seguiu um dos pulmões (era um fumador inveterado) e finalmente problemas nos rins que a quimio não veio ajudar. O destino dele estará traçado para breve, suponho eu!

Tirando esta triste realidade ficámos ambos a conversar sobre outros colegas e das suas estranhas características. Algumas com graça outras nem tanto mas ainda assim... recordámos.

Depois de termos desligado as chamadas fiquei a pensar naqueles 37 anos 9 meses e 25 dias. Tanta coisa que passei, tanto que eu aprendi, tanto que terei eventualmente ensinado. Mas diria que foram bons tempos. Não obstante algumas diferenças, especialmente políticas, ainda assim alinhávamos pelo mesmo diapasão e a palavra solidariedade não era apenas... uma mera palavra. Era uma filosofia de vida.

Pelo que sei hoje tudo mudou. Estes miúdos acabadinhos de sair das faculdades com médias fantásticas e convencidos que são os melhores do Mundo e arredores ainda não perceberam que também são seres humanos e por isso candidatos a tudo de mau que acontece aos outros.

Ainda lidei com alguns que nem se dignavam cumprimentar quem quer que fosse. Todavia ainda coloquei o dedo no nariz de diversos. Ficavam muito ofendidos e fugiam de mim a sete pés. Problema deles.

Faço agora a ponte para as crianças que ora vou lidando (vulgo netos). A todos quero passar os mesmos ensinamentos que me entregaram e outros aprendidos nos caminhos da vida e que considero deveras importantes. Acima de tudo gostaria que os meus descendentes entendessem que as outros também podem ser importantes nas suas vidas. E não me refiro apenas à família. Diria mesmo que a família muitas vezes é parte do problema. Sempre fui pessoa afável. Falta-me beleza física, mas quando gosto de alguém dou-me por inteiro. Talvez por isso tenha tantas amizades (e nem falo das do feicebuque, que essas não contam para isto).

Entretanto as nossas crianças já nasceram num Mundo altamente competitivo e não gostam nem sabem perder. Vencer a todo o custo parece ser o lema.

Remato com o desejo de acordarmos as nossas crianças para uma outra realidade. Aquela onde se estende a mão a quem precisa!

"Já lhe dei o meu cartão?"

A frase/pergunta do título deste postal remonta aos anos setenta aquando da entrada nas nossas casas da primeira telenovela brasileira chamada "Gabriela, Cravo e Canela" do escritor, jamais nobilizado, Jorge Amado.

Lembrei-me desta frase no passado Sábado quando me encontrava na fila para pagar combustível e reparei que a senhora que me precedia teve de se valer de um quinto cartão para poder pagar a despesa feita.

Também eu tenho vários na carteira, mas nunca tive essa necesssidade de rapar de uma série deles para que um pudesse pagar a minha dívida.

Quando trabalhava encontrei diversos casos de pessoas com seis, sete cartões e até mais, todos eles de crédito. Com um pagavam o crédito do outro e assim sucessivamente, até à altura em que os rendimentos... não chegavam para pagar as dívidas.

A literacia financeira dos nossos ancestrais avós (poupar para uma eventualidade) foi modernamente substituída pela ideia do "gastar vamos"! Com as tristes figuras que muitos fazem.
Neste caso não sei se a senhora teria algum problema com cartões ou apenas buscava um onde pudesse encaixar a despesa. Todavia fico sempre desconfiado quando dou conta de casos onde as pessoas assentam a sua normal vida numa filosofia tão popular como é a do popular "maltês de bronze: ganha dez e gasta onze"!

Continuo a dizer que é necessário ensinar as crianças, desde o básico, que o dinheiro também serve para... poupar!

Records para que vos quero?

´Quase todos os dias surgem aqui e ali notícias sobre alguém que bateu mais um record do Guiness! Pelo que já percebi há records para tudo, especialmente parvoíce!

Olhando para os intervenientes da coisa, pergunto a mim mesmo o que ganharão as pessoas que de dispôem a fazer certas imbecilidades?

Qual o interesse em bater records idiotas e parvos como comer bichos estranhos ou obectos cortantes? Já percebi que há concursos para bater records sobre as coisas mais aberrantes e estúpidas.

Todavia mantenho a questão: para quê?

Reconheço que há pessoas que adoram testar os seus limites físicos e mentais, descobrindo capacidades que nunca imaginaram, no entanto a maioria é gente com a mente completamente frita por Sol a mais ou alguma droga mais forte.

Finalmente não pretendo bater qualquer record... sobre nada, nem sequer do homem mais velho.

Duas estórias, uma realidade!

Hoje a meio da manhã a minha neta que andava a cirandar pelo jardim chama-me num tom de voz estranho:

- Avõ, avõ vem cá depressa!

Não fui qu'isto dos miúdos andarem sempre a chamar por nós por qualquer coisa menos vulgar tem de acabar. Entrou na cozinha onde eu ultimava o almoço e puxa por mim, enquanto dizia:

- Encontrei um ninho...

Entrei na brincadeira:

- A sério?

- Sim... outro!

'Pera aí! Outro? Segui a miúda!

- Olha ali - e apontou-me para uma enorme cameleira.

Coloquei-me sob o arbustro e na verdade lá estava o ninho, mais pequeno que este, mas ainda assim com "gente" dentro (leia-se ovos... ainda!).

A cachopa andou todo o dia esfusiante, mas a determinada altura expliquei-lhe que os animais desejavam mais sossego que visualizações. Algo que ela compreendeu!

Esta pequena crónica matinal fez-me lembrar um caso muito recente na minha aldeia e que se passou com a minha mãe. Reza assim o episódio:

A aldeia é um ponto de passagem quase obrigatória para os peregrinos que se dirigem para Fátima com origem na zona de Lisboa e arredores. Muitos sobem a serra por um trilho ingrato mas com uma paisagem bonita, outros preferem contornar a serra. Mais quilómetros mas menos desnivelado.

Durante muitos anos a minha mãe foi quase a única cuidadora da igreja. Daí ainda muita gente quando passa na aldeia vai bater-lhe à porta pedindo acesso à velha capela. Hoje já se escusa amiúde, mas de vez em quando lá faz o jeito de escancarar as portas do templo. Naquele fim de tarde surgiu-lhe um jovem que se identificou como sendo peregrino e a solicitar se a minha mãe poderia abrir a capela.

Respondeu que sim, mas teria de ser rápido pois tinha de dar de comer às galinhas e o sol estava quase a esconder-se. Entusiasmado o jovem questionou se via algum inconveniente em ele ver as galinhas. A minha mãe respondeu que não e levou-o às capoeiras onde o rapazito ficou, ao que parece, encantado. Depois:

- Posso lever uma delas?

- Para que queres uma galinha?

- É só para mostrar aos miúdos peregrinos.

- Hoje não que já é tarde, mas amanhã podes aparecer e levar uma delas.

O miúdo feliz levou a chave da capela para ainda antes da noite a entregar. A verdade é que no dia seguinte bem cedo o rapaz lá estava à porta de casa da minha mãe em busca da ave que levou... para mostrar aos miúdos. Passado uma hora veio devolvê-la e agradeceu!

Ora tudo isto leva-me a pensar na maneira como muiutas crianças são, não só educadas, como instruídas. A minha neta tem quatro anos, já viu galinhas, coelhos, patos, borregos, cabritos e demais animais. Não teme as lagartixas e aranhas que por aqui convivem e lida bem com todo o tipo de bichos que encontra. Agora deu conta que as aves nascem nos ninhos. Uma aprendizagem empírica que só lhe fará bem para o resto da vida!

Ao invés as crianças de e da cidade só conhecem alguns animais de os verem no pequeno ecran. Talvez por isso tenham menos consciência animal... e um escusado e bizarro receio da Natureza.

Sou um homem rico!

Há muitos anos costumava dizer aos meus colegas e amigos: sempre tive bom gosto, mas faltou-me sempre o dinheiro para o provar. 

Curiosamente um destes dias vi "en passant" numa qualquer série televisiva uma senhora a dizer: que o relógio e os sapatos definem um homem!

Quanto ao relógio estou plenamente de acordo desde que não seja um daqueles "cachuchos" com 1 milhão de pedras preciosas e pesado como a consciência de muitos. Quanto aos sapatos... continuo a preferir o calçado luso que sempre mostrou ser melhor que o estrangeiro.

Isto para dizer que o dinheiro tem sido o pior mal de toda a humanidade! Desde sempre. O vil metal compra casas, carros, relógios ou sapatos. Mas compra também ideias e consciências. No entanto não compra a vida por inteiro. Talvez por isso os cemitérios estão repletos de gente convencida do contrário!

Ora por ter receio de um dia vender a minha alma ou consciência por uns estúpidos euros, prefiro ter a certeza que a minha verdadeira riqueza está naqueles com quem lido, sejam eles família ou imensos e bons amigos.

O dinheiro serve naturalmente o nosso bom gosto, mas deveria servir, acima de tudo, o nosso bom viver... com os outros!

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