Tenho entre mãos os "Contos" escritos pelo rei do Romance português. Sendo eu um apaixonado por aquete tipo de literatura e um admirador confesso de Eça de Queirós será (quase) certo que irei gostar deste livro.
Até pode ser que se proporcione a leitura de outras ficções queirosianas! Que também as cá tenho!
Depois de duas óptimas biografias (eu prefiro o título de "estórias de vida") optei por ler um romance histórico. A escolha recaíu sobre Ivan o Terrível, escrito pelo Conde Alexei Tolstói, ao que sei ainda parente do autor de Guerra e Paz.
Este é um dos muuuuuuitos livros históricos que tenho em casa que nos anos 70 fui mensalmente adquirindo a uma empresa denominada "Amigos do Livro", conforme se pode comprovar nas fotos que seguem.
Acabei ontem de ler o livro de Luís Rosa referente aos dois mandatos do Doutor Carlos Costa como Governador do Banco de Portugal.
Como antigo colaborador daquela entidade reguladora e tendo estado muito próximo de alguns Departamentos envolvidos nos maiores casos deste século presumi que seria interessante ler este livro, acima de tudo para validar alguns dados de que tinha tido conhecimento.
O livro não é simpático para muita gente, nomeadamente alguns banqueiros e políticos da nossa praça que não gostarão de ali serem tão sofrivelmente referenciados. Mas quem não quer ser lobo, não lhe vista a pele... diz o povo!
Cruzei-me diversas vezes com este Governador que sempre me pareceu ser uma pessoa sensata e assertiva. Para além de mostrar muita competência. O livro demonstra isso mesmo.
Porém durante os anos que se seguiram à Resolução do BES e BANIF, o Banco de Portugal foi constantemente capa de jornais pelas piores razões, culpando a instituição, na altura liderada por Carlos Costa, de todos os maus acontecimentos criados pela Banca.
Recordo a este propósito uma extensa entrevista que o Senhor Governador deu ao semanário Expresso e que teve a magia de amenizar o antagonismo da sociedade civil contra o Banco de Portugal.
Este livro esclarece e elucida 10 anos de muitas divergências, muitas guerrilhas e demasiadas tentativas de influência.
Gostei deste esclarecimento público que se desejava e impunha.
Não é ususal vir aqui escrever sobre os livros que vou lendo até porque costumo ler diversos quase ao mesmo tempo. Por outro lado também não sendo eu um crítico, tenho sobre os livros que leio apenas meras opiniões e que se baseiam no gostei ou não gostei.
Entretanto há autores que antes de os começarmos a ler deveremos municiar-nos de um dicionário. Um exemplo perfeito será Aquilino Ribeiro, mas há outros. Todavia neste caso muito específico o que devemos ter à mão será... um computador. Portátil de preferência, ou um desses periféricos de bolso chamados de "tablets". Também pode ser um telemóvel esperto, mas é preferível um dos anteriores.
Mas explico já o porquê desta opção. Na verdade o autor ao escrever o livro "O meu Fado entre os fadistas" faz tantas referências ao Youtube que o melhor será mesmo ter um equipamento com acesso rápido àquela plataforma de videos.
Bom é tempo de falar neste livro de perto de 300 páginas onde Daniel Gouveia, cantautor de fados, escritor, poeta e editor de livros, fala da sua relação de mais de meio século com o Fado.
Um livro que é mais uma conversa com o leitor. Um diálogo que se faz de forma escorreita, simples e sem subterfúgios. Meio autobiográfico, semi histórico, este livro faz-nos perceber como o Fado não é só um tipo de música, sendo, acima de tudo, uma forma muito especial de se estar na vida.
Aprendi muito com este livro. Muito mesmo. Assumo que irá ser nos próximos tempos o meu livro de cabeceira. De vez em quando abrirei uma qualquer página e lerei só para ter o prazer de estar mais perto deste género musical.
O autor, Daniel Gouveia, abriu-me uma espécie de caixa de Pandora no que ao fado diz respeito. Agora quando o escutar estarei claramente mais sensível ao que for escutando.
Um livro que considero imperdível, nomeadamente para quem gosta de Fado!
A maioria das pessoas que vão de férias costumam assumir publicamente que irão ler muito. Depois apresentam um rol extenso de livros que irão provavelmente "devorar".
Por meu lado tento ler o que o meu tempo livre de férias me deixa que é... quase nada. Só para dar um exemplo, em 15 dias reli unicamente 180 páginas do "Advogado do Diabo".
Acima de tudo porque gosto muito de preguiçar... E as férias são para isso também... não fazer nada e deixar que o tempo passe devagar e nos deixe saborear o dia.
Portanto ao invés de muitos, nas férias, leio pouco!
Há alguns anos estava eu mais um padre amigo (recentemente levado para junto do Pai Celeste) à espera de uma terceira pessoa à porta na igreja. O meu companheiro de espera carregava debaixo do braço um enorme volume, de folhas pintadas em cor vermelha e sobre a qual as letras surgiam a dourado.
A determinada altura diz para mim:
- Vou lá dentro poisar a palavra de Deus pois esta já me pesa!
Fiquei todavia sem saber se o peso era da própria Palavra ou somente do volume em papel.
Posto isto, ontem recebi o livro "Sagração do Dia" assinado por Ana Eugénio.
Encontrei entre este livro ora publicado e aquele que referi no início deste texto algumas abissais diferenças, mas outrossim algumas semelhanças.
A grande diferença prende-se no seu tamanho e volume. Se o primeiro era enorme, este é um daqueles livros quase de bolso com as suas 50 páginas de boa escrita!
Todavia assemelha-se com a naturalidade do seu peso. Não daquele de balança, mas o peso das palavras.
Conforme vamos lendo, subimos uma escada para um paraíso de pensamentos e de palavras que nos deixam a pensar.
Numa escrita peculiar onde não há capitulares maiúsculas, mas uma chamada de atenção através de um bonito jogo de palavras e sentimentos, Ana Eugénio obriga-nos a escutar o nosso próprio coração. E a tentarmos perceber o que nos leva a voar, qual "Capitão Felisbelo" por entre textos tão simples e ao mesmo tempo...
O "tal" peso... que neste livro é deveras elevado.
Já aprendi que tentar criar um rol de resoluções para um determinado ano só me cria problemas, já que não as completando sinto que fui pouco competente ou menos focado. Daí não assumir qualquer resolução.
No entanto no início deste ano tentei prometer a mim mesmo que leria, em média, um livro por mês. A verdade é que já li um mas foi de Banda Desenhada que não sei se para estas contas internas e pessoais também conta.
Certo é que estamos no final do mês e tenho entre mãos um livro de 697 páginas de letra miúda e ainda só cheguei à página 252, isto é, nem a metade estou.
Assim vou ter que investir mais nas minhas leituras de forma a poder chegar ao fim de 2022 com, pelo menos, 12 livros lidos.
Calculo que vai ser difícil. A ver vamos!
Entretanto vou avançar um pouco mais na leitura...
Da Editora A Seita especializada em BD foram publicados algumas obras do herói mais "in" do faroeste americado e que segundo o seu autor (Morris) disparava mais rápido que a própria sombra. Quem conhece BD percebe que falo de Lucky Luke, o Cavaleiro Solitário.
Os livros que trago hoje foram desenhados aquando dos 70 anos da primeira publicação de Lucky Luke em 2016.
Desenhos, histórias e contextos bem diferentes do que estava habituado, mas ainda assim a merecerem a minha atenção. Entretanto creio que já foi publicada uma quarta história que ainda não li.
Num tempo de pandemia e recolhimento quase obrigatório este tipo de leitura parece-me salutar. Especialmente para quem gosta de BD.
Parece estranho um reformado estar de férias. Mas acreditem se há ano em que eu necessite mesmo de descansar é este. Amanhã apresento-me na praia (ainda não decidi qual, mas provavelmente a da Rainha) bem cedo para poder fazer a minha caminhada e dormir a minha soneca... ao sol!
Eu sei, eu sei que faz mal, mas beber álcool também faz, assim como fumar ou encher-mo-nos de comprimidos. Apresento uma atenuante para esta opção ao sol: é que só farei isto durante 3 semanas... Depois é regressar ao plúmbeo betão da cidade.
Tenho, entretanto, muito que fazer, ler, rever e escrever... neste parco tempo!
Depois do que aqui escrevi procurei rapidamente comprar o último livro daquele meu antigo colega de escola e de quem desconhecia completamente o seu paradeiro.
Por isso fiquei muito contente quando hoje recebi este livro encomendado há dois dias.
Um livro de poesia que parece contemplar e abarcar várias fases da vida poética de António Cabrita.
Gosto de poesia. Muito. Diria que prefiro lê-la a escrevê-la. E se como diz a sabedoria chinesa "para escrever um livro é necessário ter lido mil", arrisco acrescentar que para a poesia será obviamente necessário ler muitos mais para que um dia se escreva um bom livro.
Estou deveras entusiasmado com o que li, assim de corrida. Sinto que vai ser um autor a repetir com outras obras.