Independentemente da preferência de regime que cada um de nós tenha é certo que agora falecida Isabel II de Inglaterra era a Rainha de todo o Mundo.
Já não era uma criança e dificilmente um monarca reinará tantos anos como ela reinou.
Entretanto pelo seu jubileu escrevi isto: "Resiliente, mas outrossim “brave”! Austera, mas também sensata! Pequenas “qualidades” que raramente vemos nos lideres políticos."
Hoje entra directamente para a estante da nossa memória.
A todos os meus amigos monárquicos um forte abraço neste momento menos bom da vida Real.
E agora como disse Charles VII, "The Queen is dead, long live the king!
Vi uma única vez Eunice Muñoz actuar. Foi no teatro Politeama com a peça "A Caso do Lago" que nos anos 80 Henry Fonda e Katharine Hepburn imortalizaram no cinema. Como costumava dizer: para ver Eunice nem que seja a fazer o pino, pois fa-lo-á melhor que todos os outros actores.
No entanto há no falecimento de Eunice uma irónica ou será estranha coincidência, ao perceber que a deusa do teatro morreu a uma Sexta-Feira Santa.
Naturalmente que Eunice não ressuscitará no próximo Domingo de Páscoa, mas pegando no simbolismo destes dias, especialmente para os católicos, a verdade é que toda a vida que a malograda actriz entregou ao teatro irá, sem dúvida, vencer a morte do esquecimento.
Eunice Muñoz ficará para sempre no coração de todos os portugueses.
A morte é sempre o fim da linha para alguém, acontecendo a qualquer um de nós e em qualquer idade. Mas como disse certa vez a minha avó “mais vale morrer novo que velho”.
Até há uns tempos ainda não tinha percebido o alcance daquela frase proferida pela minha antecessora. Até que a vida mostrou-me a evidência.
Tudo isto para dizer que hoje faleceu um Padre em Lisboa. Conheci-o ainda novo, aqui na paróquia onde resido. Depois foi para Roma para mais tarde ser colocado numa paróquia de Lisboa, para além de outras actividades ligadas ao Patriarcado.
Hoje a fé perdeu um exemplo na Terra, mas ganhou-o no Céu onde estará certamente a velar por todos nós.
Dizia este padre que ria do cancro que o estava a consumir e acabaria por o levar aos 51 anos, porque certamente de outra forma já teria morrido.
Foi sempre um exemplo de coragem, tenacidade, força de viver e mais que tudo aceitação!
Hoje pela manhã recebi a triste notícia que o Zé havia partido para sempre.
Sinceramente não sei o que escrever quando o meu melhor amigo se foi embora. Faltam-me as palavras, sobram as emoções e as recordações.
Quase 40 anos de amizade que se foi cimentando com o passar do tempo.
Deveria ser este o momento crucial para escrever aquele texto, juntar todas as palavras que aprendi e dedicá-las numa prosa inesquecível. Todavia falta-me a necessária competência.
Há muuuuuuuuitos anos dois amigos jornalistas oferecerem-me, pelos meus 25 anos, uma colectânea de um dos meus poetas preferidos.
Um gesto normal entre amigos!
Só que a partir de ontem passei-o a incluir naquelas obras inesquecíveis e eternas. E tudo porque na sua primeira página há duas dedicatórias escritas por esses meus amigos.
Soube apenas ontem que um deles partiu definitivamente já no passado mês de Maio. Dele guardo então a tal dedicatória que ora reproduzo,
para além de muitos almoços, jantares e jogos de futebol. Para além de diversas tertúlias...
O Carlos Santos Pereira passou pela vida num ápice. Pela minha e certamente pela vida de todos com quem ele lidou.
Não gosto de demagogia. Muito menos de alguém que já tem uma pasta muito difícil neste governo e que é a senhora Ministra da Saúde.
Lí as suas declarações e achei no mínimo tristes e demagógicas. Ao invés do que disse sobre as vulnerabilidade dos mais fragéis eu tenho a noção que este virus não tem qualquer preocupação demagógica e ataca os que estiveram na sua zona de acção.
Escrevo ciente das excepções, mas ao mesmo tempo com a experiência do que foi ser infectado.
Era para escrever muito mais sobre isto, mas entretanto soube do falecimento repentino de Jorge Coelho e tudo se alterou.
Se bem que não partilhasse das suas ideias políticas reconheço que era um homem empenhado e de uma visão estratégica invulgar.
Lamento a sua morte e só espero e desejo que descanse em Paz.
Estou triste... tão triste pela partida daquela que melhor soube interpretar o sentimento leonino.
Cruzei-me diversas vezes com ela na rua. E cumprimentava-a sempre com um "Viva o Sporting" a que ela respondia sempre com "Viva" bem timbrado e sonoro, acrescentando um belo sorriso.
Hoje, dia de Carnaval, tinha a intenção de escrever sobre a tradição aqui de casa, mas que este ano não se realizou por razões óbvias e que se prenderia com a feitura de um saborosíssimo “Cozido à Portuguesa”. Fez-se unicamente o “Caldudo”, um doce beirão!
Alterei a minha ideia inicial após saber que Carmen Dolores havia falecido. Sei que já tinha uma idade muito bonita, porém foi uma perda para a cultura portuguesa, nomeadamente para a “arte de Talma”.
Um ano de 2021 que já nos levou cantores (p.e. Carlos do Carmo) e outros grandes actores não poderia ficar pior sem que nos retirasse outrossim uma grande, grande referência da cultura.
A minha relação próxima com o gosto do teatro vem desta senhora que ora nos deixou. Era miúdo, mas vi diversas vezes o Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Uma peça de teatro que me deixava sempre em êxtase, essencialmente pela actuação de Carmem Dolores.
Muitos anos mais tarde tive a sorte e o privilégio de a conhecer pessoalmentee aproveitei aquele momento para lhe comunicar que o meu gosto pelo teato adviera dela.
Acabei nesse dia muito feliz e que guardo para sempre como um momento sublimado na minha pobre existência, por escrever um postal e que publiquei neste espaço.