Vivemos tempos muito estranhos. E não estou a falar unicamente do Covid.
Pairam sobre a sociedade em geral diversas ameaças e perante as quais ninguém parece ter qualquer intenção de se resguardar ou pelo menos de alertar a restante população.
Afirmam os especialistas que a história do Mundo é mais ou menos ciclica. O que equivale dizer que aquilo que aconteceu há cem anos pode voltar novamente a surgir. Noutros moldes é certo, mas muito semelhante.
Na verdade têm vindo a surgir pelo Mundo uns iluminados, adeptos de discursos inflamados e que através das suas palavras assentes em promessas completamente absurdas e imbecis vão colhendo cada vez mais apoiantes.
Tudo porque o terreno que ora pisamos é propício a estes desmandos políticos. O que equivale dizer que esta verborreia é tida, por alguns, quase como um grito de revolta.
Seria bom que a esquerda e outros partidos democráticos, portugueses e não só, percebessem rapidamente o que está em causa em Portugal, na Europa e no Mundo. E arrepiassem rapidamente caminho.
Para depois não se virem desculpar com as "direitas", quando, no fundo, no fundo foram as esquerdas que criaram o lamaçal onde os outros agora caminham.
As ditaduras começam a surgir no horizonte. As palavras escritas, proferidas são demasiadas vezes mal interpretadas originando censuras prévias ao velho estilo pidesco. As imagens (ou a falta delas) não servem para informar, mas para politizar. A democracia é um antro de gente (quase) inútil.
Por tudo isto não se admirem que os "Trumps" desta vida ganhem força e surjam como salvadores de pátrias.
Leio muitos textos envolvendo alimentação, provavelmente em demasia. Uns são a favor da dieta mediterrânica, como é essencialmente a portuguesa, outros a defenderem uma alimentação mais vegetariana e outros ainda com diferentes opções das anteriores.
Porém todos têm um ponto em comum: aconselham uma dieta equilibrada. Só que tudo serve para o tal equilibrio... depende apenas de quem o apresenta.
É, portanto, com este último parágrafo que a coisa começa a complicar-se, tendo por base as tais diferentes visões.
Fico assim sem saber o que devo ou não comer. O que me fará mal ou o que devo comer sem qualquer problema ou restrições.
Face ao que descorri atrás concluo que se colocar num prato da balança um quilo de carne ou peixe e no outro prato outro quilo de legumes, farei uma alimentação, literalmente, equibrada.
Calculo que para muitos de vós a Páscoa seja apenas um conjunto de dias que culminam numa espécie de boda... com a família, Mesmo com esta pandemia tenho a certeza que o almoço de hoje será naturalmente diferente.
No entanto para mim a Páscoa convida-me ao pensamento e à introspecção. Como católico esta é altura em que a vida Eterna vence a Morte terrena, simbolizada pela cruxificação de Cristo (a Morte) e a sua Ressurreição (a Vida Eterna).
Não tenhos grandes dotes teológicos para explicar a aplicação destes dois conceitos nas nossas vidas de hoje. Mas ainda assim tentarei algo.
Há gente que passa pela vida de forma quase incógnita. Nada fez pelo outros, nada construiu, por nada lutou. Assim quando desaparecer jamais será lembrado (a Morte terrena).
Entretanto há aqueles que vivem a vida num frenezim. Ajudam, falam, refilam, estendem a mão a quem precisa (na maioria das vezes nem é de dinheiro que se fala!), bravatam por uma ideia, constroem, assumem-se, enfim, como gente viva. Um dia quando deixaram este mundo terreno serão ainda lembrados por muito tempo por aquilo que fizeram, que foram, pelo exemplo e postura.
Terão então ganho a Vida Eterna.
Posto isto desejo a todos que aqui vieram uma Santíssima Páscoa.
A Sarin puxou por mim, desafiou-me. Como não gosto de virar a cara a uma salutar bravata, nem que esta seja somente por palavras e ideias, respondi-lhe pedindo que comentasse este meu postal que publiquei em Setembro último.
Ora vai daí que aquela menina também não se nega a nada e pumbas... respondeu a preceito no seu espaço através deste longo postal que irei ler com muita calma e que será, obviamente, sujeito a uma resposta minha.
Estas trocas de galhardetes são fantásticas e não obstante termos ideias, conceitos e desejos diferentes, aprendo sempre muito com esta menina.
Já o escrevi antes: vivemos tempos bizarros. Tão bizarros e há um ano impensáveis.
Por tudo o que agora nos rodeia, pelos receios, as dúvidas, as incertezas para o dia de amanhã.
Hoje somos todos muito mais frágeis. Fisica e psicologicamente porque paira por cima das nossas cabeças uma permanente tristeza.
Quase me atrevo a dizer que vivemos tempos de guerra. Uma guerra contra um inimigo que não conhecemos, que não vimos, mas que tememos muito acima das nossas capacidades.
Os números de infectados, de internados, de mortos e recuperados sobem e descem qual oceano alterado. São os ventos da pandemia originários em tempestades de vírus. Que ninguém controla, que ninguém segura e perante os quais ninguém ousa fazer prognósticos de melhoria.
Hoje, mais do que nunca, cada dia que passa por nós é uma enorme vitória. Não nos esqueçamos diso!
Há muito que deixei de comemorar com pompa e circunstância a festa da mudança de ano. No fundo, no fundo só estamos a virar mais uma folha no calendário das nossas vidas. Como viramos todos os dias, semanas ou meses.
O ano de 2020 ficará, certamente, marcado nos nossos corações pelas piores razões. Mas não será por mudarmos de ano que tudo se tornará melhor como num passe de mágica. Nada se alterará e vamos ter que manter uma vida estranha, sem festas, reuniões, almoços ou jantares numerosos.
No entanto quando era jovem as passagens do Ano foram sempre importantes, acima de tudo pelas festas em que participei. E acreditem que as aproveitei ao máximo!
Todavia hoje nada me cativa já que gosto de viver somente um dia de cada vez e no sossego dos meus mais chegados e da minha casa.
A verdade é que a idade também deu um vincado contributo para esta antagónica visão nestes dias que ora se aproximam. Prefiro ver e ouvir o concerto de Ano Novo de Viena de Austria (estou curioso para perceber quantos pessoas lá estarão!!!), ou manter uma conversa inteligente à volta da mesa.
Finalmente e independentemente do pensamento de cada um o Ano Novo é assim uma espécie de algodão doce dos nossos dias: muito grande e bonito mas não enche barriga.
Não bastava o imposto sobre o património quando surge novamente a ideia da geringonça em acabar com o sigilo bancário.
Mais uma vez o PS a reboque do BE. O partido de António Costa vive das ideias de um partido que até nem está num governo. Enfim… isto é política à portuguesa! O BE manda e o PS obedece…
Ouvi a deputada Mariana Mortágua dizer que é preciso ter coragem para tirar aos mais ricos. Se colocarem em prática este pensamento pode vir a acontecer uma de duas coisas: ou os tais ricos saem todos de Portugal e o governo não buscar um “tusto” ou então vendem ao desbarato todo o património e com o dinheiro vão para as Caraíbas passar férias prolongadas.
Nesta confusão há algo que a esquerda ainda não percebeu: o património de cada um é na maioria das vezes herdado. Com esta medida a desertificação vai crescer pois ninguém quer ser dono de pedaços de terra com um valor predial exagerado e sobre o qual vai pagar um imposto estúpido e idiota, sem ter daquele qualquer rendimento.
O abandono das propriedades vai obviamente crescer exponencialmente. Veremos então!
Entretanto a quebra do sigilo bancário tem a imbecilidade de colocar todos os portugueses no mesmo saco. Ou melhor… o Estado não presume a inocência conforme está consagrado na Constituição e considera que todos os contribuintes são criminosos.
Se a AT considerar que alguém com um IRS baixo apresentar um património elevado pode, com a devida autorização judicial, perceber o que aconteceu ao contribuinte. Mas só nestes casos… Não de forma generalizada. Até porque a AT não é de fiar quanto a fugas de informação!
O PR teceu publicamente críticas a esta última ideia. Veremos o que nos reserva o futuro próximo até porque não acredito que Marcelo Rebelo de Sousa, numa eventual teimosia governamental quanto à quebra do sigilo bancário, não envie o diploma para o Tribunal Constitucional.
Receio que estejam a querer fazer deste país um exemplo de como não se deve governar. O apoio parlamentar pode ser fantástico, mas deixa num só partido (neste caso o PS) o ónus de tudo o que correr mal num futuro próximo.
Temo novo resgate. Temo mais austeridade, temo mais incompetência socialista.
O futuro de Portugal parece-me muito negro. Tão negro quanto o foi com os governos anteriores de Passos Coelho, Sócrates, Guterres ou Cavaco..
Vivemos numa época moderna e em que temos acesso a todo o tipo de informação e quase (sempre) em directo.
Procuramos constantemente um mundo melhor para nós e para os que nos hão-de seguir.
Desejamos obviamente paz e sossego.
Gostamos de passear e sentir a água fria do mar aspergida pelas ondas que baterem nas rochas.
O sol, esse belo companheiro das férias, também faz parte de nós, assim como a chuva, o vento...
Mas raramente olhamos à nossa volta. O cego que se desorientou e necessita de achar o caminho, o sem-abrigo que apenas quer um sorriso que lhe aqueça a alma ou o desempregado que deseja apenas trabalhar.
Todos eles passam por nós e nem reparamos, nem percebemos que estão ali, à nossa beira e que bastava que estendêssemos a mão para que o dia deles fosse diferente.
Estamos tão próximos uns dos outros! E ao mesmo tempo tão distantes!