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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Trabalhos em fio!

1 Foto 1 texto

Resposta a este desafio!

azeite.jpg 

Tenho um grupo de óptimos amigos no uotessape onde lancei o desafio de darem um título a esta fotografia, obtida na passada segunda-feira no lagar onde entreguei a minha azeitona para transformação.

Só obtive duas respostas: da MJP e da Maria. A primeira deu o sugestivo título de "Ouro líquido" e a nossa minhota lançou "Do fruto se faz ouro". Curiosamente ambas referem o ouro como ordem de grandeza.

Para quem como eu anda nesta vida de (quase) agricultor, este é o momento mais sublime e a razão da nossa demanda. Diria mesmo que é mui difícil de explicar por palavras o que sentimos quando nos apercebemos que esta bica vai lentamente despejando num tanque todos os nossos trabalhos, os nossos anseios e porque não dizê-lo as nossas canseiras.

Foram nove longos dias com direito a quase tudo do que ao tempo metereológico se refere: chuva, muita chuva, frio, vento, calor. 

Para tudo finalizar neste belíssimo instante.

Nota Final:

Se alguém que por aqui tenha a simpatia de passar poderá, se assim o entender, dar um título a esta foto. Para tal basta colocá-lo nos comentários.

Azeitona 2024 - segunda temporada!

As minhas sucessivas campanhas de azeitona assemelham-se àquelas telenovelas americanas durando uma eternidade ou aquelas séries de "streaming" com 700 mil temporadas.

A verdade é que todos os anos aqui vou postando qualquer coisita e obviamente este ano não foi diferente.

Assim estou na Beira Baixa onde cheguei ontem às nove da noite sob um frio quase glaciar depois de ter saído de Lisboa com Sol e uma temperatura bem acolhedora.

Portanto hoje foi o dia número um para a campanha olícola.

Ora como tradição é tradição eis que às sete da manhã desata a chover com força. Mas não era suficiente para me demover de mais uma aventura.

Comecei assim (a chuva não se percebe, mas acreditem que chovia),

foto_2.jpg 

e acabei assim!

foto_1.jpg 

Para amanhã continuar esta espécie de demanda. Assim Deus me me dê força e coragem! E pouca chuva!

Em nota de rodapé diria que a azeitona desta zona já esteve bem melhor. Muita estragada ainda na árvore, mas a maioria já caíu! Todavia é o que temos!

Distanciamento involuntário!

Por razões diversas tenho andando afastado de comentar nos espaços que sigo normalmente. O problema é que o dia só tem 24 horas e eu teria necessidade de mais algumas para poder chegar a todo o lado. Porém é desta maneira que o tempo se contabiliza e não há volta a dar à coisa.

Por esta altura tenho uma mulher de perna partida, um pai a fazer tratamentos de hemodiálise, a que se associa uma nhurrice própria de quem tem 92 anos. A juntar a isto uma mãe a decair no seu caminho pois a arterioesclerose  parece evidente e já começou a mostrar as suas garras. Finalmente as minhas consultas e respectivos exames para a cirurgia que se aproxima.

Desde que me levanto até à noite a minha vida é feita sempre em excesso de velocidade. E já é noite cerrada quando finalmente consigo pegar na minha escrita.

Por tudo isto acabo por deixar muitos blogues amigos para trás. Um anormal distanciamento que gostaria não acontecesse.

Portanto cabe pedir a todos desculpas por esta involuntária ausência, com a promessa que brevemente estarei mais disponível!

Acho eu!

Bom gosto não tem idade!

Quem por aqui passa, amiúde ou esporadicamente, já deverá ter cruzado com alguns textos em que faço referências ao meu apreço por coisas velhas. Não são antiguidades pois para estas teria de ser proprietário de maior liquidez financeira. Portanto são mesmo velharias aquilo que tenho.

A maioria delas ligadas à aldeia onde fui criado até à idade escolar. Balaças, candeias, lanternas, pias e potes, trempes e sertãs. Algumas balanças, loiças e candeeiros. Até alfaias agrícolas...

Tenho também alguns rádios, gravadores e leitores de bobines e cassetes, relógios, móveis e muitas mais bujigangas.

No entanto falta-me algo para me sentir completo e que há pouco tempo escrevi num outro postal. Falo de ter um carro daqueles vintage. Não tendo a possibilidade de encontrar um igual ao primeiro carro do meu pai um Opel Kadett 12/60 de quatro portas e de um cinzento metalizado, gostaria de ter uma carrinha Renault 4 (mais conhecida pelo nome de "4 L") de três velocidades e faróis amarelos.

Dizia-se na altura que este modelo da marca francesa era o jipe dos pobres. Na verdade quem como eu conduziu esta máquina (o que eu conduzi era já o modelo GTL montado, creio eu, na Guarda), jamais esquece a delícia que era o carro.

Bom todo este relambório para dizer que esta manhã na A1, entre Santarém e Cartaxo passei por uma carrinha destas, branca e bem estimada e ao volante seguia uma jovem. Admirei-me pela escolha da menina, mas ao mesmo tempo gostei da coragem em vir para a estrada com um carro, provavelmente com mais de meio século de existência.

Numa altura em que os carros as pilhas estão vulgarizados, assumir guiar um carro antigo não será para todos... neste caso todas!

Há na juventude ainda quem tenha muuuuuuito bom gosto!

 

Vende-se vacina!

Assumi não me deixar vacinar nem contra a gripe nem contra o COVID.

Ao invés do que se possa pensar foi uma decisão pensada e não tenho qualquer problema em dizê-lo publicamente. Era o que mais faltava eu não ser dono do meu corpo. Mas há razões evidentes para a minha negação às vacinas.

Quando entrei para o BdP perguntaram-me a dada altura se queria ser vacinado contra a gripe. Como nunca o fizera aceitei e lá fui eu levar a dita injeção.

O resultado não foi o esperado e durante uma série de dias fiquei completamente ko! Assim que recuperei as forças e capacidades decidi interiormente que nunca mais me deixaria vacinar contra a gripe e afins.

Muitos anos decorreram (uma vida e uma pandemia!) desde essa altura até que recentemente me comunicaram a existência de uma vacina contra a gripe reservada em meu nome. 

Como já devem ter percebido não fui vacinado e não deverei sê-lo por opção própria. 

Conheço bem o meu corpo. Tal como um bom mecânico que só pelo escutar do motor sabe onde será a avaria, também eu percebo os sinais que este quase cadáver, me transmite!

E sinceramente prefiro apanhar uma gripe na rua que uma feita em laboratório... No fundo, no fundo a primeira é genuína, a outra poderá ser apenas mero placebo!

Face ao que precede estou disposto a vender a vacina da gripe que seria destinada por um bom preço.

Venham daí essas propostas!

Azeitona: algumas memórias... #4

A azeitona presenteou-me com algumas memórias deste tempo tão especial. Não sei se será por acaso que memórias rimam com estórias, mas adiante!

Episódio 1

A minha primeira evocação recoloca-me em casa do meu avô paterno e numa despedida pouco emotiva (o meu antecessor era muito austero em palavras e emoções). A porta da cozinha dava para um alpendre entre diversas coisas estava um velho garrafão de vidro totalmente empalhado e cheio de azeite. Já não me recordo como aconteceu, mas recordo o olhar furibundo do meu avô quando percebeu que eu havia derrubado e partido o dito vasilhame. Hoje muuuuuuuuitos anos depois percebo perfeitamente porquê!

Episódio 2

Já jovem espigado e pronto para dar o meu contributo fui ajudar os meus avôs maternos a apanhar azeitona. Nesse tempo era muito leve e a minha avó Pureza muito pequena que tudo somado não daria um pessoa de um homem normal. Naquele tempo a azeitona era colhida à mão e desse modo subimos ambos (a minha neia dose de avó era mais miúda que eu!!!) a uma velha oliveira. Copiando Solnado diria que "estávamos muito quentinhos" a colher azeitona quando percebenos que a oliveira dava os primeiros sinais de intolerãncia connosco em cima. Para no minuto seguinte estarmos os dois caídos por terra com algumas feridas feitas pelos ramos e muitas gargalhadas.

Episódio 3

Um dia encontrava-se a família reunida para jantar na velhíssima casa de forno onde, para além deste, existia um fogão a lenha, quando percebemos que faltava o meu avô que fora simplesmente buscar azeite novo ao lagar, de uma medura (medida especial para esta época que equivalia, naquele tempo, a cerca de 20 sacos grandes de azeitona sem uma única folha) que mandara fazer dias antes. O bacalhau, as batatas, as couves daquele jantar foram regadas por um azeite ainda muito turvo, mas ao mesmo tempo com gosto a selvagem. Esse repasto ficou gravado no meu palato para sempre.

Episódio 4

Certo fim de tarde no olival e já no momento de arrumar a trouxa e zarpar para casa reparei que o meu pai levava um saco cheinho de azeitona às costas. Naquele tempo era normal atarem-se os sacos com um nó muito próprio. Depois colocava-se às costas e atravessava-se a fazendo até ao transporte, com 30, 40 ou 50 quilos sobre os ombros. De súbito percebi que algo estava mal com o saco e este abriu-se totalmente deixando cair parte da carga pela terra barrenta. O momento foi para mim divertido se bem que o meu pai não tivesse gostado nada. Lá o ajudámos a reencher o saco. Porém recordo a forma zangada como o meu pai reagiu à situação... Para gáudio dos presentes!

As campanhas da azeitona trazem-nos muitos episódios para ilustrar a nossa memória. E eu não pretendo esquecê-las.

 

Fenómeno estranho!

Por aqui principiou finalmente a chover por volta das 16 horas. Desde manhã que o céu vestira aquela roupagem cinza à base de novelos de nuvens pesadas que a qualquer momento pareciam querer desfazer-se em água.

Em vão aguardei por uns pingos e acabei por ir regar as novas couves plantadas na manhã de ontem. Entretanto fui à minha vida e após um almoço de arroz de pescada com camarão que estava divinal, percebi que iniciara a chover.

Primeiro de forma tímida e logo ali pensei que as nuvens haviam prometido muito, mas oferecido pouco. Porém enganei-me e está a chover de forma regular há quatro horas.

A janela da minha cozinha dá para a pequena horta e já quase noite olhei com gosto as minhas couves. Algumas já com semanas, outras recentes.

Até que, de repente, olhei para uma delas ali plantada e a receber toda aquela abençoada água e não é que percebi (ou será que imaginei?) que se ria para mim?

Estranho fenómeno que só acontece a quem vive em permanente fantasia!

Plantando... o futuro!

Li que esta semana irá chover. Mais para o Norte e menos cá para baixo. Todavia e seguindo a ideia de alguém que sempre vai dizendo "mais vale um litro de água da chuva que dez da torneira", pedi ajuda a um dos meus infantes e ele fez os regos (por sinal enormes, nomeadamente em profundidade) e eu acabei por plantar mais três dúzias de couves do género "penca de Chaves" para serem colhidas por altura do Natal.

Um trabalho que durou toda a manhã, pois acrescentei duas dúzias de acelgas que plantei em local diferente.

Finalmente estão plantadas as minhas couves e desejosas que venha a chuva benfazeja (eu também!). No entanto foram logo regadas e amanhã de manhã, se não chover entretanto, levam novo banho.

penca_2024.jpg 

Não tenho estrela Michelin...

... mas faltará pouco!

Um dos pratos mais apreciados cá em casa são as empadas de galinha (que por acaso e segundo uma receita antiga também leva coelho).

No entanto há uns anos alguém teve a feliz ideia de fazer uma empada... de tabuleiro. No fundo tudo corre como as outras, apenas em vez de serem divididas em pequenas formas unidoses, coloca-se num tabuleiro grande que irá ao forno como as mais pequenas.

O único senão nesta opção é que para fazer um ou mais tabuleiros é necessário uma maior quantidade de carne e restantes ingredientes.

Ontem ao fim da tarde lancei mãos a esta azáfama de colocar galinhas e coelhos na mesma panela a cozer com chouriço, manjerona, bacon fumado (a receita original diz toucinho!!!) e salsa. O sal virá depoise dependerá do chouriço e do bacon,

Esta madrugada acabei por aprontar tudo para perta da uma da tarde o primeiro tabuleiro ficar cheio, conforme se pode observar,

empada_1.jpg 

Feitos seis tabuleiros vão a congelar para serem usados mais tarde.

empada_2.jpg 

Dez coisas que gostaria de ter ou feito!

A idade não perdoa. Ontem jovens carregados de sonhos e vontades, hoje séniores ou em idade da ave condor (com dor aqui, com dor ali!!!), amanhã velhinhos incapazes de simplesmente comer pela nossa própria mão.

Mas a vida é mesmo assim e nem vale a pena sofrer por antecipação. Talvez por isso cada vez mais tenho consciência da minha idade e que alguns projectos que almejei conquistar ficarão permanentemente guardados no armário das minhas memórias.

Sempre fui muito… sonhador! Portanto está na hora de assumir os meus falhanços. Não por inaptidão a maioria, mas apenas porque a vida não me proporcionou essas venturas. Algumas destas ideias são mais ou menos recentes outras nem por isso, mas ainda assim todas terão o mesmo peso e valor.

Eis então o rol:

1 – viagem num iate/veleiro entre Lisboa e a bela cidade da Horta no Faial;

2 – uma peregrinação a pé desde Lisboa até Santiago de Compostela em ano de jubileu;

3 – ter um automóvel vintage. A minha preferência recai sobre um Renault 4 dos anos 60;

4 – passar umas férias numa estância de neve na Suíça;

5 – viagem a São Petersburgo;

6 – fazer uma passagem de ano em Times Square;

7 – conseguir ler todos os livros que tenho;

8 – ter um relógio de pulso da marca Patek Philippe;

9 – assistir a um jogo de futebol em Inglaterra, de preferência com a equipa do Arsenal;

10 – Poder um dia juntar todos os meus amigos, mas TODOS, TODOS numa enormíssima almoçarada.

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